Obras avançam em Cordeiro e Sistema Pare e Siga continua na RJ 116
Três anos após a tragédia de 2011, problemas das cidades ainda não foram resolvidos
Domingo passado, 12 de janeiro, a maior tragédia climática do Brasil completou três anos. A madrugada do dia 12 de janeiro de 2011 foi marcada por um forte temporal que atingiu diversas cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro, entre elas Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Os morros deslizaram, diversos rios transbordaram e centenas de pessoas morreram. De acordo com o Governo do Estado, ainda há 121 desaparecidos e 918 pessoas morreram vítimas da forte chuva.
A cidade de Nova Friburgo foi a única que entregou as casas populares para os desabrigados da tragédia. Além das casas, 30 muros de contenção foram construídos em nove comunidades, todos eles financiados pelo Estado e pelo Governo Federal. Em outros oito locais o trabalho continua. O Rio Bengalas, o principal da cidade, está sendo canalizado para amenizar os impactos.
Mesmo com as obras e as mudanças visíveis na cidade, a preocupação continua. Uma empresa de consultoria contratada pela Defesa Civil de Nova Friburgo mapeou o município. O estudo identificou 21.288 áreas com risco de deslizamentos ou inundações. Ou seja, milhares de famílias ainda vivem bem perto do perigo.
Das quase cinco mil casas populares prometidas pelo Governo do Estado para a Região Serrana há três anos, 966 foram entregues, todas em Nova Friburgo. A maioria das unidades fica em um conjunto habitacional no distrito de Conselheiro Paulino. Uma comunidade que surge e vai crescer ainda mais nos próximos meses, já que novos prédios estão sendo construídos. Eles têm mais 1,3 mil apartamentos e são divididos em blocos.
Ainda não há data marcada para a inauguração, mas, segundo o Governo do Estado, a entrega das chaves deverá ser feita neste ano de 2014. São as últimas unidades previstas no projeto para as famílias que ficaram desabrigadas na cidade depois do temporal de 2011.