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Cimenteiras, em Cantagalo, concentram serviço
Não dá para falar de melhoria no meio ambiente sem incluir as indústrias no debate. A indústria nacional começou a fazer a sua parte. O reaproveitamento de materiais traz benefícios não só ao meio ambiente, mas, também, às finanças das empresas. Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada na Rio+20, mostra os avanços ecológicos das empresas nas últimas duas décadas.
Em vez de petróleo, fábricas utilizam pneus velhos para a produção de cimento, como as unidades instaladas em Cantagalo. Sai mais barato e polui menos. De quebra, são eliminados 36 milhões de pneus por ano. “É uma forma de destruir o pneu inservível. Porque ele, naturalmente, leva mais de 200 anos para se degradar”, explica o gerente de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Mário Willian Esper.
Exemplos assim estão sendo apresentados durante a Rio+20, quando 16 setores da indústria brasileira discutem avanços na busca da sustentabilidade e na preservação do meio ambiente.
O setor de papel e celulose afirma que só utiliza madeira de florestas plantadas. Quem trabalha com alumínio fala que quase 98% das embalagens são recicladas. As montadoras dizem que os carros de hoje emitem 28 vezes menos poluentes que há 30 anos. “A gente vê muita indústria trabalhando, setores com inovações significativas. Isso é muito importante. Agora, suficiente nunca. Na verdade, a gente tem um histórico de baixo investimento na indústria, só nos últimos 10 anos que a gente tem alguma novidade realmente aparecendo. Se tiver um ambiente que cobre mais controle, você vai ter uma resposta mais rápida”, avalia o ambientalista Délcio Rodrigues.
Alguns setores estão de olho em equipamentos mais modernos e eficientes. Nos últimos anos, uma indústria têxtil investiu R$ 15 milhões em máquinas trazidas da Itália e da Alemanha. Com elas, conseguiu triplicar a produção e ainda reduziu o consumo de energia em 75%. Os tecidos feitos na indústria são exportados para países do Mercosul, além de Estados Unidos e Europa.
– A gente vê, cada vez mais, que clientes nossos, principalmente de fora do Brasil, estão preocupados em trabalhar com empresas que têm essa preocupação com o meio ambiente – comenta Renato Bitter, diretor da empresa.
Os dados dessa pesquisa, da Confederação Nacional da Indústria, foi debatida no último dia 14 de junho, em um encontro com a participação de mais de 800 empresários brasileiros, no Rio de Janeiro.