WebDev Cordeiro já registrou 1.024 casos de dengue. O número foi confirmado pela Secretaria de Saúde. Segundo Márcio Barbas, diretor científico da Secretaria de Saúde, os dados correspondem ao período da segunda quinzena de dezembro do ano passado até o último dia 16 de fevereiro. Com o aumento, o município aponta estar em uma epidemia da doença.
– A cada 300 casos para 100 mil habitantes passa a ser considerada uma epidemia – disse Barbas. Ele ainda explicou que, com essa proporção, qualquer pessoa que vá até uma unidade de saúde com sintomas da dengue pode ter o diagnóstico da doença.
Ainda de acordo com o diretor científico, os casos estão sendo confirmados apenas pela consulta clínica, sem o exame de sorologia, já que o município está passando por uma epidemia. “São critérios e normas utilizadas pelo Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde”, disse Márcio Barbas.
– Com esse critério de apontar casos apenas com consulta clínica, pacientes com zika ou chikungunya recebem o diagnóstico de dengue – explicou Márcio Barbas.
A Secretaria de Saúde de Cordeiro, através da equipe de Vigilância Ambiental, deu continuidade às ações de combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, na terça-feira, 16 de fevereiro, em parceria com militares do Sanatório Naval de Nova Friburgo e do 32° BIL (Batalhão de Infantaria Leve) de Petrópolis.
Agentes de saúde, agentes de combate às endemias e 25 militares percorreram o bairro Retiro Poético, um dos mais populosos da cidade, para vistoriar as casas e fornecer informações aos moradores sobre a importância do combate ao mosquito, que também transmite o zika vírus e a febre chikungunya.
A parceria foi iniciada no último sábado, quando 22 militares do Sanatório Naval estiveram em Cordeiro para ajudar no combate aos focos de reprodução do aedes aegypti e percorreram o Centro da cidade e bairro Retiro Poético. A ação continua durante os próximos dias e os bairros a serem visitados são definidos de acordo com a maior incidência de notificações de casos de dengue.
Os agentes e militares relatam que a população tem se mostrado receptiva e afirmam que isso é de fundamental importância para que as visitas obtenham êxito. Quando necessário, além da remoção dos possíveis criadouros, as equipes realizam aplicação de inseticidas.
