“Os jovens estão ficando mais sábios?”, por Amanda de Moraes
Duas vezes o arrecadado com a privatização da Cedae. Este é o cálculo feito pelo gabinete do deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) para a dívida apenas de duas empresas – a Petrobras e a Refit – com o Estado do Rio. A CPI da Sonegação, proposta por Rodrigo Amorim e que já tem 20 assinaturas,
“O poder público não pode ser um tigre para com o povo mais pobre, para o empreendedor que passa dificuldades, e um gatinho para com os grandes tubarões da dívida”, diz Amorim. “Temos pelo menos duas Cedaes a receber, dinheiro que vai ser investido em mais saúde, mais educação e mais Segurança Pública. O governador Cláudio Castro tem feito um esforço imenso para equalizar as dívidas e sanear as finanças, precisamos todos nos juntar a esta batalha”, diz.
Em 2021, a privatização de alguns serviços da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) gerou mais de R$ 20 bilhões para os cofres do Estado do Rio.
Segundo o parlamentar, o próprio secretário estadual de Fazenda, Juliano Pascual, admitiu que o Estado precisa ser mais rigoroso na cobrança dessas dívidas.
“Por isso que não podemos ficar parados vendo o governador Cláudio Castro lutando pela renegociação da dívida em Brasília, precisamos todos fazer um esforço de guerra pelo Rio. Essa questão não tem ideologia, é uma luta que deve ser de todo o parlamento“, diz o deputado, que pretende protocolar ainda em março o pedido de CPI. A segunda fase dos trabalhos da CPI, mais operacional, deve ser batizada de “Operação Orca” – uma alusão ao cetáceo que é considerado o “maior predador dos tubarões”.– “Esta é uma CPI que pode salvar de vez o Rio de Janeiro, trazer um novo tempo para o nosso Estado” conclui Amorim.
Em 2021, a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) calculava que a dívida ativa do Estado do Rio tinha chegado a R$ 119 bilhões, tendo entre as empresas devedoras até a finada companhia de aviação Varig.
Foto: Octacilio Barbosa/Alerj