Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
A Região Serrana possui casos de sucesso, entre eles, o de Victor Rodrigues, de Nova Friburgo; Louzieh Barros Lessa, de Cordeiro; e Reinaldo Pires, de Teresópolis. Suas histórias são exemplos de economia criativa, bem antes de o conceito ser reconhecido como empreendedorismo.
A economia criativa, tema do seminário, engloba desde mercados informais até multinacionais; movimenta e desenvolve setores que envolvem trabalho, educação e entretenimento; gera trabalho e renda; promove a inclusão social; desenvolve a capacidade criadora e inventiva do ser humano; possui baixo impacto ambiental; respeita a diversidade; promove a integração da sociedade, além da possibilidade de crescimento econômico, mesmo em momento de crise.
A partir da experiência adquirida com o Crescente Gastronomia, além de se tornar consultor na área gastronômica, Victor Rodrigues administra também a casa ‘Além do Jardim – Sabores e Saberes’, localizada em Mury, distrito de Nova Friburgo. “Todos os prêmios que ganhamos até hoje, sem exceção, foram vencidos pelo fato de fazermos o trabalho bem feito, porque existe qualidade nos serviços e nos produtos”, declara.
Açúcar em arte – Louzieh Barros Lessa, de Cordeiro, há 22 anos fabrica doces finos para eventos. O sucesso do seu trabalho, hoje, está no uso de sua criatividade, quando cria, a partir de doces tradicionais, como a goiaba, algo bem sofisticado. “Eu transformo açúcar em arte. Todo o trabalho de minha equipe é artesanal. As pessoas comem meus produtos com os olhos, eles causam muito impacto. As aparências deles são muito atrativas, e isso é fundamental para o meu sucesso”, afirma.
Com produção semanal de 20 mil unidades, a Louzieh Bem Casados tem aproximadamente 70 funcionários e vende seus produtos para todo o Brasil, inclusive por meio de transporte aéreo. Com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), a empresária diz que faz questão de manter suas raízes em Cordeiro, por isso, a fabricação de suas 18 variedades de produtos é toda realizada na cidade.
Mas, até chegar onde está, Louzieh teve inúmeras dificuldades. A principal, segundo ela, foi o reconhecimento da sua marca. “É muito difícil abrir um campo de trabalho, principalmente para quem vem do interior para se destacar em uma metrópole. Existem resistências e desconfianças muito grandes por parte dos clientes, como por exemplo, quanto à entrega do produto, o cumprimento do prazo”, conta.
Embora sua inspiração seja um dom, sempre que possível ela viaja ao exterior para participar de eventos especializados, onde adquire conhecimento e novos produtos a empregar na sua produção. Além disso, Louzieh está sempre lendo publicações voltadas ao seu negócio.
São casos de sucesso de economia criativa encontrados na própria região e que servem de modelo para o seminário.