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Todas as operações brasileiras da empresa suíça Lafarge Holcim foram vendidas para a CSN Cimentos. O novo negócio agora inclui 5 unidades integradas de produção de cimento já em operação no Brasil, mais 4 estações de moagem, contando com 6 peças de mistura e 19 misturadoras de cimento. A estimativa é que até o próximo ano sejam gerados mais de 2 mil novos empregos.
Em nota emitida, representantes da CSN Cimentos relataram que a nova aquisição aumentaria a capacidade de produção da fábrica em cerca de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano, nas unidades que ficam nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além das reservas de calcário de alta qualidade e outras unidades de concreto que são agregadas.
Com o projeto totalmente encerrado, a fábrica de cimento possui capacidade total de 16,3 milhões de toneladas por ano. De acordo com a nota da CSN, representantes esperam uma interação, ordem, um bom gerenciamento e marketing adequados, com o surgimento da mistura de novos produtos, empregos e o aumento da base de clientes.
Em meados de abril de 2021, a Holcim adquiriu a Firestone Building Products, uma filial americana do grupo japonês Bridgestone Corporation, que possui sede nos Estados Unidos, por um valor em torno de US$ 3,4 bilhões, um fator que deu a possibilidade de começar a diversificar seus produtos de impermeabilização de telhados e demais produtos de obra.
A Holcim
A Holcim nasceu de uma fusão entre a empresa francesa Lafarge e a empresa suíça Holcim, em 2015. Desde então, o grupo fundido resolveu facilitar os trâmites e a vida dos clientes, retirando o nome ‘Lafarge’ do nome da empresa algum tempo depois, para voltar a ser chamada apenas de Holcim. Entretanto, muitos ainda conhecem a empresa como Lafarge Holcim.
A CSN
A CSN, uma das empresas de maior destaque e complexidade nas áreas siderurgia, mineração, logística, cimento e energia, foi fundada em abril de 1941. Atualmente, a empresa conta com uma usina siderúrgica integrada, mais 5 unidades industriais, sendo duas delas no exterior, várias minas de minério de ferro, calcário, dolomita e estanho, um centro de distribuição de aços planos, além de terminais portuários, participações em algumas ferrovias e também tem seu nome como uma participação em duas usinas hidrelétricas.
A CSN também se destaca por ser a primeira produtora integrada de aço plano no país, algo considerado um grande marco ao longo do processo de industrialização do Brasil.
O aço produzido no país pela CSN serviu como abertura de portas para a implantação das primeiras indústrias nacionais, núcleo do atual parque industrial do Brasil. A companhia foi privatizada em 1993, e sua primeira produção de cimento foi em 2009, sendo, atualmente, uma das empresas líderes de vendas no estado do Rio de Janeiro, mesmo que sua sede seja em Arcos (MG).
A CSN conta com 4,3 milhões de toneladas de capacidade instalada. A sinergia entre os negócios e a logística integrada das fábricas e dos centros de distribuição que são localizados de forma estratégica, de acordo com a empresa, permite que possam oferecer um atendimento diferenciado à todos os seus clientes e ao mercado consumidor em geral.
A negociação
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) publicou no dia 04 de abril deste ano, despacho aprovando, sem restrições, a venda das operações brasileiras da suíça LafargeHolcim para a CSN Cimentos.
A CSN Cimentos é detida pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), cuja atuação envolve toda a cadeia produtiva do aço, desde a mineração de minério de ferro até a produção e comercialização de produtos. A mesma organização é o braço da CSN que tem atuação na cadeia produtiva de cimento. Para a empresa, a operação é uma estratégia de expansão no segmento de cimento e diversificação geográfica e de portfólio.
A LafargeHolcim Brasil é atualmente controlada pelo Grupo Holcim, o qual atua em mais de 70 países na fabricação de cimento, concreto e agregados para a construção civil. De acordo com a multinacional, os recursos que receberá da CSN serão investidos na área de soluções e produtos fora do país, fortalecendo seu balanço patrimonial no exterior.
Em seu parecer, a Superintendência concluiu que os atuais níveis de rivalidade existentes no mercado de cimento se mostram suficientes para tornar improvável o exercício de poder de mercado, não causando preocupações ou prejuízos ao ambiente concorrencial. Com relação às integrações verticais decorrentes da operação, a SG concluiu não haver capacidade e, tampouco, incentivos, para que as requerentes promovam fechamento de mercado.
Se o Tribunal do Cade não avocar os atos de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiros interessados, no prazo de 15 dias, as decisões da Superintendência-Geral terão caráter terminativo e as operações estarão aprovadas em definitivo pelo órgão antitruste.