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Jornal da Região 
Especialista traz curiosidades sobre a bebida e dá dicas para apreciá-la melhor. Foto: Reprodução/Internet
No dia 13 de setembro é comemorado o Dia da Cachaça, data criada em 2009 pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). A bebida, que surgiu entre os anos de 1516 e 1532 no Brasil, é uma das preferidas de amantes de destilados e está presente em bares, restaurantes e cachaçarias por todo o país.
Para celebrar a data especial dedicada à cachaça, o especialista e cachacier Delfino Golfeto, dá dicas importantes na hora de consumir uma das bebidas mais apreciadas no mundo. Confira:
Cachaça não é pinga
Segundo Delfino, essa é uma dúvida muito comum nos apreciadores de bebidas, no entanto, é incorreto pensar que cachaça é pinga. A principal diferença entre as duas bebidas está na forma de fabricação de cada uma. A cachaça vem do alambique, já a pinga vem do colunão, uma coluna de destilarias que fabricam de mil a 5 mil litros de destilados por hora.
Como beber cachaça
De acordo com o especialista, existe uma boa maneira de apreciar a cachaça de uma forma que é possível desfrutar melhor do seu sabor. Segundo Delfino, o ideal é movê-la dentro de um copo ou taça, a fim de ver a sua transparência, pureza e oleosidade. Essa forma garante que o consumidor possa ver “as lágrimas da bebida” que descem lentamente no copo, o que mostra que a cachaça é encorpada e verdadeira, (como são as cachaças de qualidade e de boa origem).
O segundo passo para apreciar melhor a cachaça é sentindo o seu cheiro e gosto. “Deixe-a na boca por vinte segundos para que sinta o sabor nas partes palatáveis, balançando e trabalhando a bebida nestes locais sensíveis”, garante o cachacier. Delfino também afirma que a bebida deve “esquentar na boca” pois tem um teor alcoólico mais elevado, no entanto, nunca deve “arranhar” na hora de consumí-la. Essa característica não faz parte de cachaças de boa qualidade.
Harmonização
Há diversas formas de usar a cachaça na gastronomia com acompanhamentos, e também para acentuar sabores e texturas de diversos pratos. A bebida, por exemplo, combina com pratos comuns no Brasil, como linguiças, torresmos, carnes suínas e tutu de feijão. No entanto, para garantir um bom resultado com o uso da bebida, Delfino cita dois tipos básicos de harmonização: por semelhança e por contraposição.
A harmonização por semelhança define que uma cachaça suave deve ser usada com pratos mais leves, como isca de tilápia ou bolinho de bacalhau. Já a harmonização por contraposição leva em consideração o contraste, ou seja, uma bebida mais encorpada pode ser combinada com pratos mais rústicos, como torresmo, carnes vermelhas, queijo parmesão, entre outros.
Para o caso de cachaças neutras, Delfino afirma que elas apresentam um aspecto mais cristalino e não passam pelo processo de envelhecimento. Esse tipo, em específico, vai bem com peixes, frutos do mar, saladas e queijos. Por fim, o especialista lembra que a bebida não deve ser usada de forma aleatória, pois é preciso considerar também o seu teor alcoólico, o índice de acidez, os seus sabores, o aroma, assim como o tipo de envelhecimento.
Carmo possui a cachaça nº 1 do Brasil
Na data especial dedicada à bebida, a cidade do Carmo também tem muito a celebrar com a ocasião. No município, na localidade de Córrego da Prata, é produzida a Cachaça da Quinta, uma das bebidas mais respeitadas e premiadas do mundo. Neste ano, a marca venceu o Concurso Nacional “Ranking Cúpula da Cachaça”, sendo considerada a melhor cachaça do Brasil.
A competição buscou selecionar as melhores bebidas do país através de votação popular e pela degustação de profissionais especializados em bebidas destiladas. A marca carmense competiu entre 50 cachaças finalistas, de 13 estados diferentes. No concurso, a Cachaça da Quinta conquistou o 1º lugar na categoria “Cachaças Brancas”.
É importante lembrar que a Cachaça Da Quinta possui quase 100 anos de qualidade e tradição, sendo produzida no município do Carmo desde 1923. A bebida é certificada como Produto Orgânico e se mantém no topo da lista das melhores bebidas destiladas do Brasil. A Cachaça é gerenciada pela proprietária Katia Alves Espírito Santo que também é responsável por espalhar a marca Da Quinta pelo mundo.
A bebida é exportada para grandes mercados mundo afora, chegando a países como os Estados Unidos, Reino Unido, Taiwan e Japão, e continentes como a Europa e a Ásia, além de ser muito apreciada no mercado brasileiro e pelos especialistas da área. A marca também é composta por embalagens modernas e destinada ao segmento de destilados premium.
