Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Nova Friburgo recebeu, no último dia 26 de junho, um novo grupo de consultores japoneses contratados pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) para dar continuidade ao Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais (Gides), em execução em Nova Friburgo, Petrópolis e Blumenau (SC), contempladas pelo projeto como cidades-piloto.
Nesta segunda etapa do trabalho, foi solicitado pelo consultor japonês e engenheiro civil, Sano Tetsuya, informações atualizadas relativas a aspectos institucionais da Defesa Civil Municipal como organização e organograma, e também um levantamento de dados, incluindo o orçamento da referida secretaria. Além disso, um geólogo e um engenheiro geotécnico, os japoneses Pucai Yang e Satoshi Emoto, acompanhados do gerente técnico da Defesa Civil, Hamilton Thuller, e de representantes do Grupo Regea/Pangea Geologia e Estudos Ambientais, responsáveis pela elaboração do Plano de Contingência do município, realizaram visitas de campo em diversos locais atingidos pela tragédia climática de 2011.
Os encontros vêm acontecendo periodicamente e visam obter maior detalhamento dos processos deflagrados pelo evento natural. A partir disso, a proposta é criar um panorama geral com o objetivo de se identificar as principais causas propulsoras de deslizamentos do porte dos que ocorreram em Nova Friburgo. Só no município serão mapeadas 20 áreas e, posteriormente, realizada uma análise de todo este material, que servirá de base para a elaboração de um manual de prevenção de desastres naturais no Brasil.
O trabalho de campo contou ainda com a participação da subsecretária de Pesquisa e Planejamento Urbano da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável, Viviane Melo, que destacou a importância desta cooperação técnica entre Brasil e Japão. “O intercâmbio entre os dois países e o estudo e comportamento dos tipos de deslizamentos contribuem muito para que o manual a ser elaborado seja o mais consistente possível. A ideia principal é que, a partir desses levantamentos/mapeamentos, todo o país possa adotar este manual e, com isso, prevenir a incidência dos desastres naturais”, frisou a subsecretária.
Para alcançar a capacidade de desenvolvimento e fortalecimento estratégico da gestão de risco de desastres, os japoneses focam em aspectos bastante específicos a fim de elaborar com eficiência todos os dados apurados e utilizar as corretas diretrizes técnicas que deverão orientar as atividades preventivas. Somente nesta etapa, compõem o grupo de visitações oito cidades com grande incidência de deslizamentos que também terão catalogados os locais a serem trabalhados. O projeto que teve início em agosto de 2013 prevê um cronograma de trabalho de quatro anos.
O secretário João Paulo Mori afirmou que o convênio firmado com o Japão é de suma importância para o desenvolvimento do projeto. “Esta ação integrada com os técnicos japoneses é, sem dúvida, de grande valia para que a gente possa atuar na gestão, prevenção e redução dos riscos, e na resposta aos desastres naturais”.