Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Agentes estaduais e municipais de Defesa Civil aplicaram, no Centro e no bairro São Miguel, o I Exercício Simulado do Sistema, que visa preservar vidas em áreas de extremo risco de acidentes geológicos e hidrológicos. Bom Jardim recebeu conjuntos de sirenes em mais sete comunidades mapeadas. O município registrou uma morte nas enchentes de 2011 e sofreu muitos danos materiais com o transbordamento do Rio Grande.
Paralelamente, as lideranças e agentes comunitários foram treinados pela Defesa Civil do estado para realizar os procedimentos de evacuação de moradores em caso de alerta de temporais. No total, o Estado implantou, na Região Serrana, sistema de sirenes em 48 comunidades. Além das oito de Bom Jardim, foram outras 20 em Nova Friburgo, 10 em Teresópolis e 10 em Petrópolis. Esses municípios tiveram mais de 900 mortos e inúmeras perdas materiais com as enchentes de 2011.
As simulações do sistema fazem parte do cronograma definido pelo Centro Estadual de Administração de Desastres (Cestad), que tem por objetivo esclarecer a população sobre os procedimentos de evacuação em situações emergenciais causadas por chuvas. As secretarias municipais de Defesa Civil ficarão encarregadas de realizar, a partir de maio, uma avaliação funcional dos equipamentos, sempre às 10h do dia 10 de cada mês, além de treinar periodicamente as comunidades. Segundo o superintendente da Defesa Civil, coronel Luiz Guilherme Santos, o estado do Rio é o pioneiro no País na implantação deste tipo de sistema de alerta.
– Sua eficiência já foi comprovada em outros lugares do mundo, como Bogotá e Medellin, na Colômbia, Santiago, no Chile, Tóquio e outras cidades japonesas que convivem com o risco de desabamento provocados por terremotos ou outros acidentes naturais – afirmou o superintendente.
Dona Iza Jasmim da Rosa, 70 anos, que nasceu e mora no bairro São Miguel, viveu um pesadelo em 2011. Ela perdeu quase todos os móveis com a inundação da residência e a situação só não foi pior porque se refugiou, com o marido e o filho, no andar de cima onde vivem a filha, o genro e um neto.
– Hoje, me sinto aliviada com este programa maravilhoso que foi a implantação das sirenes. Vivemos, naquele dia, uma noite de muita tragédia. Fomos pegos de surpresa com uma avalanche de água, lama, árvores e tudo que você possa imaginar. Não estávamos preparados como agora – afirmou Dona Iza.
O projeto piloto na Região Serrana, que custou quase R$ 5 milhões, servirá de experiência para expansão no estado até 2014. A Secretaria de Defesa Civil entregou à Secretaria Nacional de Defesa Civil um pedido para colocação do sistema em áreas de risco de 31 municípios e, mais tarde, nos demais. A capital do estado foi a primeira a instalar o sistema de alarme.