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Embora existam outras datas de comemoração, é hoje, no dia 15 de abril, que é comemorado o Dia do Ciclista em todo o mundo. Para o Detran.RJ, a data tem grande importância, pois o ciclista é atualmente, e cada vez mais, um dos principais atores do cenário do trânsito, tanto internacionalmente, quanto no Brasil e principalmente no Estado do Rio de Janeiro.
Aqui, o ciclismo ganhou evidência, e o lazer e o esporte se misturaram e estão liberados, enquanto atividade física individual, em tempos de pandemia. A “bike”, como é carinhosamente chamada localmente, é uma ótima opção de lazer para curtir as belezas do nosso Estado, além de ser um excelente exercício físico e uma boa opção de ganha pão para muitos trabalhadores que estavam desempregados, em tempos de crise.
“Andar de bike, como gostamos de chamar, ajuda no distanciamento físico, pois o esporte pode ser feito individualmente. Ao mesmo tempo, permite o mínimo de atividade física diária, em tempos de pandemia”, afirma o presidente do Detran.RJ, Adolfo Konder, um dos incentivadores da campanha que entra hoje em rádios, busdoors e jornais, intitulada “Vai de Bike? Vai tranquilo.”.
Mas, como a grande maioria das atividades, o ciclismo também precisa de adaptações e de muitos cuidados. Dados do Detran.RJ e da Secretaria Estadual de Saúde, referentes a acidentes ocorridos em 2020 (últimos dados oficiais fornecidos), revelam que quase 20 mil pessoas se acidentaram em todo o Estado, das quais 616 ciclistas passaram por internações e, 39 morreram.
A nova campanha pelo Dia Internacional do Ciclista ganhará também as redes sociais do departamento de trânsito e do Governo do Estado, e lembrará a necessidade de o ciclista estar bem equipado na hora de pedalar, de respeitar as regras de trânsito, de ter um comportamento seguro para evitar acidentes, de não utilizar o celular enquanto pedala e de estar sempre com as duas mãos no guidão. E lembra ainda: quem vai de carro também precisa respeitar o ciclista e diminuir a velocidade ao ultrapassá-lo.
Outros dados do Sistema Único de Saúde mostram que, em nível nacional, o número de atendimentos hospitalares a ciclistas atropelados cresceu 57% entre 2010 e 2019, passando de 1.024 para 1.610. Além disso, até junho de 2020 já haviam sido feitas mais de 690 internações de ciclistas. Ainda conforme este levantamento, nos últimos dez anos, no Brasil, quase 13 mil ciclistas foram internados e cerca de R$ 15 milhões, a cada ano, são gastos no tratamento de ciclistas envolvidos em colisões com outros veículos.
Boa notícia
As alterações das regras no Código de Trânsito Brasileiro, que entraram em vigor no último dia 12/04, endureceram as punições a infrações envolvendo ciclistas. Por exemplo: se antes não havia multa específica por estacionamento irregular em ciclovias, agora a multa existe, gera perda de cinco pontos na CNH e multa de R$ 195,23. Além disso, quem não reduzir a velocidade ao passar perto de um ciclista pode ser punido com infração gravíssima, o que significa a perda de sete pontos na carteira e multa de R$ 293,47. A distância que o automóvel deve manter do ciclista continua em 1,5 m.
Dados do Observatório da Bicicleta estimam que existam mais de 70 milhões de bicicletas em circulação no Brasil, com 2,5 milhões de novas unidades saindo das fábricas a cada ano. O número é quase 65% do total da frota de veículos do país, que está em cerca de 108 milhões.