Júlio Carvalho 
Em 1992, o Papa São João Paulo II criou o Dia Mundial do Doente, a ser celebrado na data de 11 de fevereiro de cada ano, dia de Nossa Senhora de Lourdes, a quem se atribui diversas curas inexplicáveis pela medicina.
O surgimento da data não foi motivo de surpresa para nenhum cristão, pois a atividade de Jesus Cristo na Palestina se caracterizou pela dedicação e cura de diversos paciente, começando pela febre da sogra de Pedro até casos mais complexos de paralisias, lepra, epilepsia, cegueira e uma infinidade de doenças narradas nos quatro Evangelhos; culminando com a belíssima passagem do Bom Samaritano (Lc 10,25-37).
O catolicismo sempre se preocupou com a saúde do ser humano; através sua história, encontramos as diversas ordens religiosas que se dedicam aos cuidados com os doentes, bem como os inúmeros hospitais espalhados pelo mundo, com o mesmo objetivo.
Anualmente, o Papa elabora uma mensagem relativa à data. Neste ano, em 10 de janeiro, o Papa Francisco mostrou a importância do homem como um ser social, que necessita viver junto a seus semelhantes e jamais isolado, como a cultura do egoísmo vai impondo à humanidade cada vez em maior escala; isolamento social que se acentua na velhice, quando surgem as doenças mais comuns a terceira idade. Lembra o Papa Francisco que todo paciente se sente fragilizado, o que se acentua mais ainda na velhice, sendo necessária uma tríplice aliança: médico-família-paciente, o que nem sempre ocorre.
Na mensagem do ano passado, o Papa Francisco nos deixou uma frase fundamental: “O importante a ser cuidado é o doente e não a doença”. É evidente que as equipes médicas terão que curar ou tentar curar a doença, mas lembrando sempre que ela está incidindo sobre um ser humano, nosso semelhante, que merece todo amor e dedicação da equipe médica.
Peço desculpas aos leitores por esse mini artigo; enquanto isso, vou rogando a Deus que fique curado dessa terrível dengue, que me domina há sete dias.
