Superthal e Caravana da Coca-Cola fazem noite mágica em Bom Jardim
No próximo dia 28 de junho, às 18 horas, no auditório do Centro Cultural Amélia Thomaz, os moradores de Cantagalo e região poderão assistir dois belos e aguardados documentários.
O primeiro, “O Barão de Cantagalo e a Fazenda Santana”, de autoria de Álvaro Lutterback, vai apresentar a vida do Coronel Augusto de Souza Brandão que, em 1883, recebeu o título de Barão de Cantagalo e foi um dos homens mais importantes da região. Ele comandou com sabedoria e mãos de ferro a Fazenda Santana, que chegou e ter 300 escravizados e produziu mais de 10.000 arrobas de café por ano.
Com apenas 25 minutos de duração, o documentário vai trazer detalhes da vida do Barão, desde o seu nascimento até a sua morte, com fatos que marcaram a vida deste político e nobre que comprou a Fazenda Santana e a transformou numa das mais produtivas e lucrativas propriedades agrícolas no Brasil Imperial.
O documentário também vai abordar a vida social na Grande Cantagalo dos 1800, com a visita de D. Pedro II e a família imperial, da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, das grandes festas no Theatro, da chegada do trem e dos melhoramentos realizados pelo Coronel Augusto Brandão, quando esteve à frente da vida política.
O segundo documentário, “A Escravidão em Cantagalo: os modos de viver de 17 mil homens e mulheres escravizados”, de Nice Erthal, vai apresentar em 25 minutos, os detalhes do cotidiano dos escravizados na Grande Cantagalo nos 1800, com base em relatos de visitantes, estudiosos, botânicos e cientistas que visitaram a região neste período e deixaram livros e narrativas.
“A Escravidão em Cantagalo” vai focar nas grandes propriedades produtoras de café, no sofrimento dos escravizados, no domínio e poder do Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto, que era dono da Fazenda do Gavião, Areias, São Clemente, Itaoca, Bem Posta e muitas outras.
A Grande Cantagalo, no século XIX, foi palco de inúmeras histórias marcadas pela intensa exploração do trabalho de escravizados, que produziram dolorosas narrativas.
É um encontro de memória e história, após mais de 10 anos de pesquisa.