Duas Barras aposta no cultivo de orgânicos para aumentar a renda do produtor rural

A agricultura orgânica começará a ser incentivada em Duas Barras. A informação foi passada pelo prefeito Alex Rodrigues (PMDB) após encontro com o secretário de estadual de Agricultura, Christino Áureo. Na ocasião, o prefeito destacou que o exemplo do cantor americano Lenny Kravitz, que está investindo no cultivo de orgânicos em seu sítio, em Duas Barras, está colhendo adeptos.


– Queremos estimular especialmente o pequeno produtor a atuar neste segmento. De certa forma, a iniciativa de Lenny Kravitz está incentivando ao produtor a apostar nesta alternativa – disse o prefeito Alex Rodrigues.

Christino Áureo afirmou que a secretaria possui um programa de fomento à agricultura orgânica e os técnicos da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro) estão aptos a oferecer o apoio técnico necessário para o plantio. 

– O consumo de alimentos orgânicos vem crescendo e Duas Barras tem todas as condições de clima e solos adequados para a cultura. O Cultivar Orgânico, nosso programa de fomento para a atividade, oferece financiamentos com juros de 2% ao ano e, para acessá-lo, o produtor deve procurar o escritório local da Emater – afirmou o secretário.

O secretário destacou, ainda, que, em abril, o programa Estradas da Produção estará atuando no município, recuperando vias vicinais importantes para o escoamento da produção. 

O encontro contou com a presença da presidente da Emater, Stella Romanos, e dos secretários municipais de Agricultura, Marcelo Assis de Mello, e de Transportes, Frederico Thurler.

Produtores das regiões Norte, Noroeste e Serrana recebem tanques de resfriamento

O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, fez a entrega, sábado, 22 de março, em Itaperuna, no Noroeste, de seis tanques de resfriamento de leite. Associações de produtores rurais e assentamentos de Santo Antônio de Pádua, Miracema, Itaperuna, Campos dos Goytacazes, Cantagalo e Italva foram beneficiados com equipamento. A centralização e o armazenamento adequado do produto já trouxeram resultados a diversas comunidades, e, principalmente, faz com que os produtores obtenham preços melhores. Para os compradores, a iniciativa também é interessante, pois reduz o custo de transporte e a coleta do leite pode ser feita de dois em dois dias.

Segundo Paulo Sérgio, presidente da Associação de Produtores de Boa Sorte, quinto distrito de Cantagalo, a ação irá beneficiar os associados. “Com o tanque de resfriamento de leite, podemos organizar melhor a ordenha e os preços melhoram muito”, afirmou.

Antônio Rogério, que também pertence à associação de Boa Sorte, afirmou que, hoje, eles produzem  cerca de 500 litros por dia, mas, com certeza, com a implantação do tanque, haverá aumento na produção. “Queremos produzir mil litros de leite ao dia”, disse o produtor.

O secretário de Agricultura, Christino Áureo, destacou outros investimentos realizados no segmento leiteiro. “O programa Rio Leite está colaborando para revitalizar o parque industrial das cooperativas lácteas. Já investimos quase R$ 60 milhões. Através do Rio Genética, disponibilizamos, até o momento, cerca de dez mil matrizes, que vão ajudar a melhorar a qualidade do rebanho no estado do Rio”.

Diversos assentamentos também já receberam investimentos do programa Rio Leite. Sábado passado (22), foi a vez do assentamento Zumbi dos Palmares, de Campos dos Goytacazes, receber o equipamento. Segundo Eliane de Oliveira Manhães Passarinho, o programa irá beneficiar 328 famílias assentadas. Ela afirmou que a aquisição do tanque de resfriamento era um sonho antigo.

– Há 16 anos que estamos lutando por esse benefício, mas foi só encaminhar o pedido ao secretário Christino Áureo, que fomos atendidos em seis dias apenas – afirmou Passarinho.

Estiveram presentes ao evento o presidente da Faerj (Federação da Agricultura do Estado do Rio de Janeiro), Rodolfo Tavares; os prefeitos de Itaperuna, Alfredão; de Miracema, Joedyr Orsay; e de Porciúncula, Míriam Magda, além de diversos vereadores como João Neto, Tim Dentista, de Itaperuna; Zé da Uta, de Cantagalo; Gedeão, Armandinho, Gilson e Genessi, de Miracema; secretários municipais, líderes sindicais e presidentes de associações de produtores rurais e outros.

Calendário de Comercialização de Hortifrutícola já está disponível no site da Ceasa-RJ

A Ceasa-RJ lançou, dia 18 de março, durante a 26ª Super Rio Expofood, no Riocentro, o Calendário de Comercialização de Hortifrutícolas, com informações de safra e entressafra de mais de 50 produtos. Nele, é possível acompanhar a oferta de frutas, legumes e verduras ao longo do ano, identificando as épocas mais favoráveis para o plantio, comercialização e consumo. Já disponível no link ‘Consulta’, do site www.ceasa.rj.gov.br, o calendário é mais uma ferramenta aliada da dona de casa, que, seguindo as orientações, pode economizar até 20% por mês nesses produtos.

– O calendário traz ganhos para todos da cadeia alimentar. Ele ajuda o produtor a programar suas lavouras; o comerciante a oferecer produtos de mais qualidade e com menores preços; e o consumidor a economizar e ainda manter uma dieta saudável – comemora o secretário estadual Felipe Peixoto, à frente da Secretaria de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap).

Quem gostou da novidade foi o técnico em confeitaria e panificação Ivanildo dos Santos Carvalho, presente ao evento, que reúne empresários e profissionais do setor de alimentos. Há 28 anos na área, ele disse que aproveita os produtos da safra para produzir festivais de bolos temáticos. “Sempre fiz isso, mas nunca contei com um material para me orientar. Acho de grande valia este calendário, não apenas para meu público, mas para o consumidor em geral, que pode explorar melhor os produtos que têm uma demanda maior, e assim economizar”.

Onde encontrar – Além do site e de todos os mercados produtores da Ceasa-RJ (em Irajá, São Gonçalo, Nova Friburgo, Paty do Alferes, São José de Ubá e Itaocara), o calendário estará em breve à disposição em supermercados. O projeto foi desenvolvido com a participação da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj); da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri); e da Associação de Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro (Aderj). Para facilitar, o calendário classifica como “fraco”, “regular” ou “forte” a oferta mensal de cada produto, indica o melhor período para a comercialização.

– Trata-se de uma ferramenta muito importante para todos os envolvidos no setor de abastecimento. O calendário permite a escolha de produtos da época e a compra de alimentos diversificados com preços mais acessíveis – explica Sérgio Marcolini, presidente da Ceasa-RJ.

Safra e entressafra – Em março, o consumidor deve dar preferência a repolho, chicória, abóbora, berinjela, chuchu, pepino, pimentão, quiabo, aipim, cenoura, abacate, banana nanica, goiaba, laranja natal, limão taiti, maçã nacional, melancia, pinha e uva Itália. Entre os produtos a serem evitados estão espinafre, jiló, tomate, vagem, batata doce, abacaxi, laranja lima, mamão havaí, melão, morango, tangerina, pêssego e uva rosada. Todos esses dados fazem parte do levantamento feito por técnicos da Divisão Técnica da Ceasa-RJ (órgão vinculado à Sedrap), que consideraram, para a elaboração do calendário, as quantidades ofertadas por produtores do Rio de Janeiro e de outros estados fornecedores da Ceasa de 2003 a 2012.

Aylton Fornari, presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, classificou o calendário como um serviço ao consumidor.

Estado zera ICMS da carne

Além de seu grande mercado consumidor, o estado do Rio de Janeiro passa a contar, a partir de agora, com mais um fator de atração e manutenção de indústrias de processamento de carnes. O Decreto 44.658, assinado pelo governador Sérgio Cabral e publicado no Diário Oficial do último dia 18 de março, isenta de ICMS os estabelecimentos que processem e/ou industrializem carne bovina, suína,  caprina, ovina, avícola, entre outras, além de pescado, no território fluminense.

De acordo com o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a medida também vai gerar mais empregos e valorizar a cadeia de proteína animal do estado. “Assim como aconteceu com a cadeia láctea, acreditamos que o incentivo à indústria proporcionará melhores preços para os criadores fluminenses, estimulando o aumento da produtividade, além de reduzir o custo final para o consumidor”, frisou Áureo.

A legislação alcança, também, a distribuição de carnes no Rio. Empresas com unidades industriais no estado vão pagar 2% de ICMS sobre as vendas, em vez de 18% mais 1%. O benefício fiscal valerá tanto para a produção local quanto para a mercadoria trazida de outras filiais do país.

Os estabelecimentos industriais que quiserem instalar-se no estado para usufruir do incentivo, de acordo com o decreto, deverão apresentar proposta de enquadramento à Comissão Permanente de Políticas para o Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro (CPPDE), por intermédio de carta consulta com todas as informações relevantes sobre o empreendimento a ser implantado.

Pesagro incentiva controle da brucelose bovina

A Pesagro-Rio (Empresa de Pesquisa Agropecuária), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura do Rio de Janeiro, está promovendo ações para aumentar o controle sanitário dos animais e melhorar a qualidade do leite e seus derivados nas principais bacias leiteiras fluminenses. Entre elas, está a disponibilização de vacinas contra a brucelose para secretarias municipais de Agricultura.

A medida está possibilitando a melhoria das condições de vida do agricultor familiar, que, além de aumentar a produtividade, adaptam e introduzem tecnologias direcionadas para a agropecuária sustentável.

A iniciativa faz parte de projeto financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), para o controle de zoonoses. As vacinas distribuídas devem ser aplicadas em bezerras de 3 a 8 meses de idade, por médico-veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sem ônus para o agricultor familiar.

O controle da brucelose está focado basicamente na vacinação em massa de fêmeas e no diagnóstico e sacrifício dos animais positivos. O trabalho executado pela Pesagro-Rio segue o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose, do Mapa, estimulando a imunização como forma de redução significativa da ocorrência da doença.

A pesquisadora da Pesagro-Rio, Leda Maria Silva Kimura, coordenadora do projeto, alerta para a necessidade de controle da doença, que pode ser transmitida ao homem. “Ela acarreta problemas sanitários e prejuízos econômicos consideráveis. Nos bovinos, pode provocar abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite. No homem, sua manifestação clínica é responsável pela incapacidade parcial ou total para o trabalho”.

Os municípios de Carmo e Cantagalo já participam do programa desde 2012 e 2013, respectivamente. Em Carmo, está localizada a primeira propriedade do estado certificada como livre de brucelose e tuberculose (resultado de outro projeto da Pesagro-Rio).

Cerca de cinco mil animais foram vacinados. Miracema, Seropédica e Santo Antônio de Pádua solicitaram sua inclusão neste ano no programa, que conta com apoio do Programa Rio Leite e da Defesa Agropecuária, da Secretaria de estado de Agricultura do Rio de Janeiro.

Procon estadual suspende a venda do leite Elegê em todo o estado

Assim como fizera com o Leite Elegê, a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa do Consumidor, por meio do Procon no estado, abriu processo administrativo que suspende, preventivamente, a venda de leite das marcas Líder e Parmalat em todo o estado do Rio.

O processo foi instaurado a partir da informação veiculada nos meios de comunicação, pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, que esses leites podem ter sido processados com matéria-prima contaminada com formol. O Procon do estado do Rio de Janeiro instaurou o processo para averiguar se os produtos das marcas distribuídos no estado apresentam o mesmo problema.

Este é o segundo processo administrativo instaurado suspendendo a distribuição de leite no Rio de Janeiro. O alvo do primeiro processo foi o leite Elegê, devido à informação veiculada pelo Procon carioca de que o produto estaria impróprio para consumo.

Tanto a BRF, empresa detentora da marca Elegê, quanto a LBR, responsável pelas marcas Líder e Parmalat, foram notificadas sobre os processos e deverão realizar exames de amostras de todos os lotes de seus produtos que estiverem à venda no estado.

O teste deverá ser realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com amostras recolhidas após a instauração destes processos. Somente após a apresentação desses exames, atestando a qualidade dos produtos, eles poderão voltar a ser comercializados no Rio de Janeiro.

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