Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Com entrada franca, o espetáculo, com concepção da Companhia Trança de Folia e texto da diretora Walkyria Alves, é delineado a partir de quatro contos populares, de diferentes lugares do mundo, que remetem a uma “época mítica” em que os bichos falavam. São histórias escolhidas pela sua beleza, simplicidade, humor e valores que estão nelas contidos. “Porque o Cachorro é inimigo do Gato… e o Gato do Rato” conto recolhido pelo importante folclorista Câmara Cascudo, em Natal (RN), explica, de maneira divertida, o porque da inimizade de tais bichos.
As outras três histórias são contos tradicionais do Egito, Inglaterra e Macedônia, respectivamente, recolhidos pelo autor alemão Heinz Janisch: “A Andorinha e o Mar”, conta como a pequena andorinha salvou seus filhotes enfrentando o poderoso oceano; “O Rei dos Pássaros” mostra como o pequeno Chapim Azul conquista o posto mais alto entre os pássaros. Dando título ao espetáculo, “Um Concerto para o Sol”, mostra a singela gratidão dos animais da floresta que se reúnem para homenagear o sol.
Como elemento complementar ao texto, as histórias são entremeadas por músicas e intervenções que criam o “ambiente sonoro” dos personagens e cenas. Todo o roteiro musical é interpretado ao vivo pelos músicos/brincantes com instrumentos como sanfona, rabeca, bandolim, violão, viola, zabumba, pandeiro e percussões variadas.
Buscando uma sintonia com cada história, reunimos cuidadosamente um repertório que conta com músicas emblemáticas de compositores consagrados e de fundamental importância para a história da música brasileira, como Pixinguinha, Toquinho e Vinícius de Morais. A peça se vale, ainda, de compositores contemporâneos atuantes na cena musical brasileira. O processo de pesquisa e construção do espetáculo encaminhou cada estória para uma técnica diferente, ditada pela música e pelo ambiente do conto. Assim, numa estória são os atores que se transformam em bichos, na outra manipulam sombras, na terceira, os bichos são fantoches e, na última, brinquedos retirados de um baú se tornam personagens.