Superthal e Caravana da Coca-Cola fazem noite mágica em Bom Jardim
As eleições municipais são as mais importantes. O cidadão não mora na União e nem nos estados. Ele reside em um município, como Cantagalo. Eu tenho as eleições para prefeito e vereadores como as mais relevantes para o exercício da cidadania, sem currais eleitorais, como acontecia no século passado.
Todavia, surgiram outros tipos de currais. Como a compra de votos, por exemplo. E isso, infelizmente, acontece em pleno século 21, a chamada Nova Era. Cantagalo, infelizmente, não é exceção.
Henrique Frauches enfrentou esse problema nas eleições de 1962. Tomou uma decisão civilizada. Não deu cadeirada em ninguém. Escreveu e fez publicar o seguinte panfleto:
“Não troque seu voto por coisa alguma. Ao entrar na cabine indevassável, no dia das eleições, você deve se desligar de todos os compromissos particulares e se compenetrar da missão histórica que lhe é imposta pela Democracia, da sua responsabilidade na construção de uma Pátria onde não hajam injustiças e privilégios, onde todos os direitos sejam iguais, onde o Povo seja, efetivamente, representado no Poder Político. Você deve fazer um exame minucioso de cada candidato, do programa de governo de cada um, de seus ideais, do passado deles, da atuação política, de suas atitudes. Enfim. Medir os valores apresentados, pesar as qualidades e defeitos de cada candidato e consagrar nas urnas aquele que, na realidade, se identifique com os anseios de uma Nação democrática e independente.”
“Vote com a sua consciência, porque não se paga favor com o Voto; não se retribui amizade com o Voto; não se paga dívida com o Voto; não se vota por interesse pessoal. Voto não é gratidão, não é obediência, não é negócio. Voto é um direito que a Democracia dá ao Povo de eleger seus legítimos intérpretes na direção governamental e nos parlamentos. É pelo Voto que a Democracia se aperfeiçoa, se torna humana, justa, cristã. É pela escolha livre e consciente do melhor candidato que o Povo se realiza como Povo e passa a dirigir seu próprio destino, construindo a verdadeira Democracia.”
Henrique Luiz Frauches.