Em 1959, Seleção Brasileira também esteve concentrada em Nova Friburgo

Antes de ter uma casa permanente no município de Teresópolis, a Seleção Brasileira de Futebol buscou diversos lugares pelo Brasil para realizar seus treinos preparatórios para a Copa de Mundo. Além de 1962, o esquete canarinho já se concentrou em Nova Friburgo em 1954. Além de ter visitado a cidade por três dias em 1958.

Para a Copa de 1954, os jogadores, comissão técnica e torcida ainda estavam muito traumatizados pela derrota no último minuto da partida contra o Uruguai, em 1950. Já no ano de1962, uma nova concentração ocorreu, com vários treinamentos abertos ao público local e jogos com combinados dos nossos times. Naquele período, o time brasileiro buscava o bicampeonato mundial.

Uma das histórias que ficaram guardadas na memória dos friburguenses de 1954 é de Antônio Deccache. Ele esteve em campo na inauguração do campo do Fluminense (que viria a ser um dos clubes do qual se formaria o atual Friburguense). Na época, na era goleiro do combinado local e serviu de “sparring” para a Seleção Brasileira. Segundo ele contou ao jornal A Voz da Serra, da cidade, o técnico da época, Zezé Moreira, já o conhecia. Ele estava querendo substituir o Castilho e o escalou para jogar no lugar dele. Na sequência, o time local ganhou da seleção por 1 a 0.

Já em 1962, o técnico da Canarinho era Aymoré Moreira, que havia jogado com Deccache  no Botafogo. O goleiro friburguense afirma que passeava com os jogadores da seleção pela praça e até participou de alguns treinos no campo do Friburgo, na Rua General Pedra, e do Fluminense. Ele conta que os atletas da seleção local trabalhavam nas fábricas e no comércio, mas, nos dias de treino e de jogos, eram liberados antes da hora. Ele mesmo trabalhava o dia inteiro na Única e fazia isso.

Outro que lembra com carinho das passagens do selecionado brasileiro em Nova Friburgo é seu Miguelito. Ele destaca que não havia outro assunto na cidade, principalmente em 1962, pois o Brasil estava se preparando para conquistar o bicampeonato. Era uma oportunidade única poder esbarrar com tantos ídolos pela rua. Nomes como de Pelé e Garrincha ou de Bellini, Castilho, Didi (o folha seca), estavam constantemente caminhando pela cidade nos horários de folga dos treinos.

Irmão de seu Miguelito, Sílvio Ruiz lembra de um fato durante um dos jogos-treinos realizados em 1962 no município. O pontapé inicial da partida seria dado por Pelé, mas o maior jogador de todos os tempos deixou um pouco de sua vaidade aflorar e atrasava para dar o chute, fazendo algumas “firulas”. Então Garrincha teria dito: “deixa que eu chuto”. E assim, de um jeito bem informal, os jogadores se integravam à comunidade friburguense, conversavam com as pessoas, davam autógrafos e até namoravam.

O namorador da seleção não foi revelado, mas o friburguense Juca Berbert conta que, na concentração de 1962, viu uma lourinha conversando com o zagueiro Mauro.

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