Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Durante a década de 1980, o ex-trabalhador rural foi morar no Rio de Janeiro para servir ao Exército. Durante os dez anos em que morou no Rio, conheceu Cyro Garcia e começou a atuar como dirigente sindical. Nesse período, participou da fundação do PT, pelo qual tentou se eleger vereador por três oportunidades diferentes, prefeito duas vezes e deputado estadual uma vez. Em nenhuma das eleições saiu vencedor. Em 2005, rompeu com o PT, juntamente com o grupo formado por Heloísa Helena, para fundar o PSOL. A chance de ser eleito quase virou realidade em 2010, quando se candidatou para o cargo de deputado estadual e foi o terceiro mais votado do partido no estado, somente atrás de Janira Rocha e Marcelo Freixo. Na ocasião, Gelsimar Gonzaga abocanhou 25% do eleitorado de Itaocara e virou suplente dos deputados do PSOL na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj).
– Foi uma eleição complicada. Grandes caciques políticos do Rio, como Anthony Garotinho e Sérgio Cabral, indicaram candidatos no município. Mas nossa campanha, baseada no enxugamento da máquina pública e em uma gestão transparente, conquistou o eleitor – afirmou Gonzaga, que enfrentou nas urnas o atual prefeito Alcione Araújo (PMDB), apoiado pelo governador Sérgio Cabral.
Gelsimar Gonzaga sabe que vai ser difícil cumprir todas as promessas de campanha, que teve como carro-chefe o acesso ao saneamento básico e a transparência com o dinheiro público. Atualmente, Itaocara tem um orçamento anual de R$ 42 milhões, o 70º entre 92 municípios do estado. Além do caixa minguado para investimentos, o futuro prefeito vai ter que conviver com uma Câmara formada majoritariamente pela oposição: dos 11 vereadores eleitos, somente um é do PSOL.
– Ainda moro na roça, em uma fazenda a 25 quilômetros do Centro da cidade. Vou me mudar, com minha mulher e minha filha de 12 anos, para mais perto da Prefeitura para poder acompanhar, de perto, o dia a dia da cidade – conta o prefeito eleito, que já sabe da responsabilidade que tem por ocupar o primeiro cargo executivo do PSOL no estado e, por enquanto, no país.