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A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica para ampliar a adoção de tecnologias sustentáveis na pecuária leiteira fluminense. A partir do planejamento em conjunto e da capacitação continuada entre extensionistas, técnicos e especialistas, pretende-se estreitar a rede de colaboradores para identificar e promover soluções mais precisas e inovadoras ao campo.
Na agropecuária fluminense, a bovinocultura é um dos segmentos mais relevantes principalmente por assegurar renda mensal durante todo o ano aos produtores, conforme dados da Gerência Estadual Técnica de Bovinocultura da Emater-Rio. A gerente estadual e médica veterinária Mariana Dias ressaltou a segurança econômica e a permanência das famílias no meio rural como os pontos a serem beneficiados através do acordo.
“Quando se trata da bovinocultura fluminense, nota-se que os agricultores familiares estão predominantemente inseridos na atividade leiteira que, apesar de sua importância, ainda é composta por muitas propriedades com baixa produtividade e métodos rudimentares, às vezes impróprios para o manejo e gestão da produção. Nosso desafio é fomentar ações que disseminem conhecimentos, conciliando o emprego de insumos e novas ferramentas tecnológicas ao desenvolvimento rural sustentável e a preservação do meio ambiente. Buscamos ações baseadas no conceito de saúde única, conjuntamente com parceiros federais, estaduais e municipais, investindo em impactos ao bem-estar e saúde humana, animal e ambiental“, frisou.
Acordos semelhantes a esse modelo foram firmados em outros estados com a Embrapa, envolvendo empresas públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), a exemplo de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Uma das estratégias é implantar uma Unidade de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), baseada no sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), na Fazenda da Emater-Rio, no Estabelecimento Agrícola de Italva, Noroeste Fluminense. Projeta-se ainda a implementação de 5 Unidades de Referência Tecnológica em propriedades rurais atendidas pela Emater-Rio, incentivando a qualidade técnica e agroecológica nos processos produtivos da pecuária leiteira no estado.
O plano de trabalho intitulado “Desenvolvimento da Bovinocultura Leiteira Sustentável do Estado do Rio de Janeiro” é dividido em três eixos, como explica o analista agrônomo da unidade Gado de Leite da Embrapa, Websten Cesário da Silva. “O que propomos primeiramente é a condução de atividades para subsidiar o planejamento estratégico da cadeia agroalimentar do leite no Rio de Janeiro. Com o programa de capacitação contínua dos agentes multiplicadores, é possível elaborar eventos técnico-científicos contextualizados e massificar a transferência de tecnologias, contextualizadas e niveladas em cada região do estado“, pontuou.
Dentre as soluções tecnológicas previstas estão o melhoramento genético de forrageiras e de animais. Na raça zebuína Guzerá, uma das melhorias permeia os atributos produtivos, a conformação e a facilidade de manejo, já para as vacas holandesas objetiva-se o aumento da eficiência produtiva. O ACT também visa o uso de softwares para sistematizar e compartilhar o acesso a catálogos técnicos, democratizando informações e práticas agropecuárias sustentáveis e facilitando consultorias e o controle estratégico no campo.