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A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater-Rio) vai expor o Seminário de Agricultura Orgânica e Agroecológica nesta sexta-feira (19) em Bom Jardim, na Serra Fluminense. O objetivo é fortalecer a rede de pesquisa agropecuária e fomentar práticas de manejo sustentável para o aumento da qualidade nutricional dos alimentos, melhorar a saúde da população em geral e estimular a preservação do meio ambiente.
O seminário visa integrar produtores, técnicos, gestores e consumidores no intercâmbio de informações atualizadas, valorizando a cadeia de investimentos à agricultura familiar. Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) também irão palestrar no local, marcado para ocorrer na sede do Lions Clube, na Fazenda Museu do Café, com início às 8h.
O supervisor local do escritório da Emater-Rio em Bom Jardim, Jorge Mendes, explicou que a proposta é levantar e identificar os produtores familiares interessados no tema e no processo de transição das atividades convencionais da agricultura para o cultivo orgânico. “Abrimos o seminário para os produtores da região no intuito de mobilizar e estreitar as relações com os técnicos para futuras capacitações. Planejamos promover mais oficinas e rodadas de negócios e estimular o associativismo para envolver toda a cadeia produtiva local“, explicou.
O plano continuado de extensão rural permite às famílias produtoras enxergarem novas possibilidades de inclusão no mercado e tecnologias agroecológicas para a qualidade das lavouras, diminuindo o isolamento rural. Um dos temas abordados será o Sistema Participativo por Garantia (SPG), exigido pela legislação brasileira, que formaliza a produção orgânica. O encontro obedece as determinações estipuladas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, proporcionando um ambiente de confiança aos produtores rurais.
O gerente técnico regional da Emater-Rio Gerson Yunes vai ministrar a palestra sobre o Monitoramento e Avaliação da Transição Agroecológica, frisando a sustentabilidade ambiental e financeira em sistemas de produção de base ecológica. “Com esta metodologia é possível saber quais os maiores obstáculos para a transição ocorrer, a partir de indicadores ambientais, sociais e econômicos, tornando as tomadas de decisões mais precisas. Buscamos um plano estratégico consistente, com políticas eficazes no assessoramento técnico para uma evolução mais rápida“, esclareceu.
No sentido de aproveitar e otimizar o potencial do município de Bom Jardim e regiões do entorno na cadeia de alimentos orgânicos, o engenheiro agrônomo Alexandre Teixeira ressaltou que o sistema de pousio, por exemplo, é usado há gerações por agricultores locais para a manutenção da fertilidade do solo. Condutas como essa preconizam o controle da erosão em todas as suas variantes, assim como a prevenção à contaminação da água.
“A importância de disseminar esses conhecimentos têm ligação direta com a conservação da natureza e do meio ambiente, principalmente sobre a proteção do solo e à manutenção da disponibilidade e qualidade da água. A sociedade necessita de uma agricultura limpa e socialmente correta. Já existe uma certa tradição em práticas agroecológicas nessa região; e isso já é um estímulo que facilita a transição para a agricultura orgânica nas comunidades rurais“, concluiu.