Empreendedorismo aquece a economia e transforma vidas

Empreender me deu o rumo da minha vida! Sou independente, ativa e estou prestes a me casar”, conta Lydia Lydia Minori, 40 anos, que tem paralisia cerebral. Ela anda, fala e se move com dificuldade, mas sai de casa todos os dias com sua maleta de produtos cosméticos e de bem-estar para trabalhar. Sozinha, faz as vendas e digita os pedidos usando um tablet e uma caneta especial. Organiza os materiais e tem até um canal no youtube. Além dos negócios, dedica-se também a evangelizar moradores em situação de rua e é escritora. Com uma vida assim, claro, inspira que convive com ela.

A coordenadora da equipe de Lydia, Célia Bonsucesso Viana, se emociona: “Lydia é ótima empreendedora, vende super bem, muito proativa. O dia a dia dela é difícil, mas ela está sempre com um sorriso no rosto. A cada segundo, ela vence uma adversidade. Porém, tem sempre uma palavra generosa de consolo e estímulo aos amigos e colegas. Lydia é uma inspiração para mim. Tenho certeza será uma grande líder”, comenta animada.

Assim como Lydia, muitos brasileiros têm buscado no empreendedorismo a oportunidade da sobrevivência. O número de microempreendedores aumentou 19% em um ano, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Minas), que registrou a criação de 204.748 MEIs em um ano, ficando atrás apenas de São Paulo (517.993) e do Rio de Janeiro (218.461). De acordo com o Sebrae Minas, foram abertos 36.037 MEIs, com o número de registros saltando de 198.636, em março de 2020, para 234.673, em março de 2021 – um crescimento de 18,1%.

O mercado de marketing multinível tem sido um dos mais procurados por quem quer começar a empreender. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), somente em 2020, ano mais severo da pandemia do novo Coronavírus, foram comercializados bilhões de itens (produtos e serviços) por venda direta no Brasil, que geraram um volume de negócios cerca de R$ 50 bilhões, ou seja, 10,5% maior que 2019. A força de vendas também cresceu 5,5% em 2020, ultrapassando 4 milhões de empreendedores que atuam como revendedores diretos das empresas.

O aposentado Geraldo Avelar, 74 anos, é um deles. Há alguns anos ele não tinha cesso a tecnologia e nunca tinha pensado que trabalharia pelo whatsapp, faria cursos online e reuniões virtuais. Geraldo conta que precisava complementar a renda quando começou a vender produtos no mercado de vendas diretas. E encontrou no empreendedorismo um novo sentido para sua vida.

Eu vivia com imunidade baixa e frequentes falhas na memória. Para começar a fazer uma renda extra, precisei aprender a mexer no celular, no computador e hoje já lido com mais facilidade com a internet. Foi o empreendedorismo que me animou, pois voltei a ter uma ocupação e hoje em dia levanto cheio de disposição. Até minha memória já agradece”, brinca. Em breve, contará com sua esposa, Elaine, que se aposentará e juntos trilharão esta carreira.

Para Vera Rocha dos Prazeres, empreender foi como se libertar. “Eu estava no pior momento da minha vida, com uma fratura na perna causada pelo meu ex-marido, com quem vivia um relacionamento abusivo. Deprimida, com autoestima no chão. Entrei para o mundo dos negócios de vendas, conquistei minha independência financeira e pude sonhar novamente. A empresa onde trabalho ainda me rendeu um casamento: foi onde conheci o atual esposo com quem hoje compartilho a vida”, relata emocionada.

No ano passado, o Brasil bateu o recorde histórico da quantidade de empreendedores da história nacional chegando a 52 milhões de brasileiros que possuem negócio próprio, segundo levantamento da Global Entrepreneurship Monitor, GEM. E cerca de 30% do PIB anual veio daí. A holding mineira AKMOS, onde as histórias acima se cruzam, é exemplo de empresa que onde o empreendedorismo teve resultados acima da média em 2021. Segundo dados do balanço semestral deste ano, o crescimento da empresa foi 32% maior que em 2020 e o maior dos últimos cinco anos.

Para Eduardo Soares, gerente de Marketing da AKMOS, esse crescimento está baseado no olhar atento da empresa aos clientes e aos empreendedores: “Completamos em agosto 12 anos de mercado com a certeza de que empreender é mais que produzir números que movimentam a nossa economia. É transformar realidades, mudar histórias de vida, garantir a autonomia financeira e profissional, ajudando a driblar momentos desafiadores. Inovar envolve a transformação das pessoas, não apenas da indústria. Oferecemos qualificação, treinamentos, desenvolvemos líderes e todas nossas ações de qualificação profissional passam pelo desenvolvimento da autoestima do indivíduo. Sem isso, nada acontece plenamente”, completa.

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