80,8% dos empresários fluminenses esperam melhoria nos negócios nos próximos três meses, diz pesquisa da Fecomércio

Segue em alta a confiança dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo do estado do Rio quanto à melhora em seus negócios nos próximos três meses. 80,8% dos empresários esperam que a situação melhore, seguidos de 14,7% que aguardam uma estabilização e 4,4% esperam uma piora. É o que revela nova pesquisa da Fecomércio RJ com comerciantes do setor, realizada entre os dias 3 e 9 de janeiro, com a participação de 245 empresários do Estado do Rio de Janeiro. Com o avanço da vacinação no estado, mesmo com o aumento de casos relacionados à variante Ômicron, a expectativa sobre a retomada econômica continua aumentando entre o empresariado. 65,7% dos empresários consideram que, nos últimos três meses, houve uma estabilização ou melhora na situação de seus negócios.

Em relação à demanda pelos serviços das empresas, o índice dos que constataram um aumento apresentou um incremento: de 20,8% (dezembro) para 29,8% (janeiro). O índice dos que tiveram uma estabilização nas demandas permaneceu praticamente igual ao mês anterior: de 33,6% (dezembro) para 34,3% (janeiro). Já o número de empresários que notaram uma diminuição na procura por serviços/bens reduziu de 45,6% (dezembro) para 35,9% (janeiro). Para os próximos três meses, a expectativa de 88,5% do empresariado é que a demanda aumente ou estabilize, contra 11,4% que esperam uma redução na procura por seus produtos.

Quando perguntados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 46,8% indicaram as restrições financeiras e outros 37,6% dos empresários apontam a insuficiência de demanda. Além disso, para 17% a falta de mão de obra é um dos principais impeditivos e por fim, a falta de mão de espaço e/ou equipamentos é apontada como obstáculo ao crescimento por 11% dos entrevistados.

Empregos

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 18,8% afirmam que diminuiu bastante e outros 18,4% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 7,7% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações.

Em janeiro, 56,7% afirmam que esperam manter o número de empregados pelos próximos três meses, índice semelhante ao de novembro (58%). O percentual de empresários que devem demitir está em 10,6%. Outros 32,7% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses.

Preço dos fornecedores e estoques

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores continuam em patamares altos: 87,3% perceberam algum aumento nos preços. Além disso, para o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido ao valor dos combustíveis e também da energia elétrica.

Em relação ao abastecimento dos estoques, nos últimos três meses 43,1% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, representando estabilidade na situação presente. Para 44%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 12,8% ficaram com estoque acima do planejado.

Inadimplência

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas passou de 27,7% (dezembro) para 32,2% (janeiro). Desse total, 53,2% dos entrevistados estão com mais de um tipo de inadimplência. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou queda: de 55,1% para 43,7%. Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a fornecedor (32,5%), aluguel (31%), luz (30,2%), bancos comerciais (26,2%), tributos federais (22,2%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (20,6%) e Previdência/INSS patronal (18,3%).

Sobre a Fecomércio RJ

Reúne 59 sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores com o objetivo de fomentar o desenvolvimento dos negócios no setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado do Rio de Janeiro. Desenvolve soluções, pesquisas e disponibiliza conteúdo sobre questões que impactam a vida do empreendedor e colaboram nas decisões dos gestores públicos. Representa mais de 321 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,5 milhão de empregos formais, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado. Através do Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) atua em assistência social, cultura, educação, lazer e saúde aos comerciários e população carente, enquanto o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac RJ) promove educação profissional voltada para o setor.

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