Entidades comerciais pedem autorização para os prefeitos liberar funcionamento do comércio

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Nova Friburgo, enviaram ofício ao prefeito Renato Bravo, sugerindo a reabertura do comércio da cidade. As instituições pedem a flexibilização do atual decreto que proíbe o funcionamento de diversos segmentos.

As medidas restritivas ao comércio de bens e serviços estão em vigor no município desde o dia 23 de março, como forma de tentar conter o contágio do novo coronavírus. Pelo decreto em vigor, só é permitido a abertura de setores essenciais, como supermercados e farmácias.

Pela proposta dos lojistas da cidade, assinada pelo presidente do CDL/Sincomércio, Bráulio Rezende, as lojas poderiam reabrir, dentro de certas condições, no prazo de 15 dias, contando a partir da próxima segunda, 30. “Entendemos que a carga horária possa ser reduzida conforme os setores. Materiais para construção, ferragens e equipamentos de proteção individual, das 8h às 17h, e comércios de rua em geral, das 10h às 18h”, diz o ofício.

Além disso, shoppings centers funcionariam das 12h às 20h e os serviços acompanhariam os segmentos comerciais.

Os horários diferenciados foram pensados pelos empresários, como forma dos trabalhadores poderem chegar e sair em horários diferentes, evitando aglomeração no transporte público coletivo. O ofício enviado ao prefeito sugere ainda que seja incluído, em eventual novo decreto, a obrigatoriedade de obediências às regras de higiene e saúde para patrões, empregados e clientes das empresas.

 

 

No documento, o setor pede também a manutenção das exigências de saúde no local de trabalho e o afastamento dos funcionários com mais de 60 anos, gestantes e que estão no grupo de risco. “É necessário ainda que as empresas, a exemplo de toda a população, permaneçam vigilantes às recomendações das autoridades de saúde na luta contra o covid-19, como a lavagem frequente das mãos e a higienização extra dos locais de trabalho, além de vedação à aglomeração de pessoas”, orienta o ofício.

Já em Cantagalo, no dia 27 de março de 2020, a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Cantagalo (Aciacan) enviou ofício ao prefeito Joaquim Augusto Carvalho de Paula, ponderando e pedindo algumas solicitações para o comércio.

“Após diálogo com as empresas de nosso município, neste momento crítico quando enfrentamos mundialmente a pandemia do novo coronavirus e seus impactos para a saúde e economia do país, vimos através deste solicitar a V. Exa. a edição de decreto que possibilite a flexibilização do funcionamento do comércio de bens e serviços do município de Cantagalo pelo prazo de 15 (quinze) dias a partir do dia 30 de março de 2020”, foi uma das solicitações assinadas pelo atual presidente da Aciacan, o empresário Jorge Luiz Nobrega Richa, Coquinha.

A direção da entidade garante que “os empresários deverão seguir rigorosamente todas as normas de higiene amplamente divulgadas na mídia e ainda poderia ser criada uma cartilha com todas as normas de funcionamento (inclusive estabelecendo horário de funcionamento), adicionando caso necessário outras recomendações para que sejam cumpridas por cada segmento”.

A Aciacan também ressalta “a importância da fiscalização das empresas por parte da Prefeitura Municipal no que diz respeito ao cumprimento das normas estabelecida”.

No documento enviado a Prefeitura, a diretoria da Aciacan afirma: “Temos ciência da importância da adoção de medidas necessárias para a preservação da saúde de toda a população e evitar a propagação do vírus, bem como da fiscalização para que todas as determinações sejam cumpridas”. Os empresários também destacaram “a necessidade premente do isolamento de pessoas acima de 60 anos, portadores de diabetes, hipertensão, doenças cardíacas ou pulmonares”.