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Trabalho já foi concluído em três regiões. Na Serrana, ainda está em andamento
Num esforço de catalogação e restauração de material histórico, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) está fazendo um levantamento das peças de arte sacra guardadas em igrejas do estado. Iniciado em 2008, o trabalho já rendeu dois volumes de inventário e 10 mil peças catalogadas. A previsão de término é para o ano de 2014, com publicação de mais quatro volumes. A partir de 2015, será a vez de inventariar somente as riquezas da cidade do Rio.
Contemplada com um dos editais da Secretaria de Cultura, este ano, a Diocese de Nova Iguaçu recebeu R$ 30 mil para reunir e restaurar material das igrejas locais. A equipe que está realizando o trabalho já analisou cerca de 40 peças, a maioria esculturas do século XIX, com características neoclássicas. A ideia é preservar riquezas como uma imagem de Sant’Anna, encomendada pelo Barão de Paty do Alferes. De provável origem portuguesa, a peça está sendo restaurada, após ter sido recuperada recentemente – havia sido roubada.
Segundo o diretor do Departamento de Bens Móveis e Integrados do Inepac, Rafael Azevedo, já foram concluídos os inventários de arte sacra do Norte e Noroeste do estado, bem como das Baixadas Litorâneas. O da Região Serrana ainda está em curso. E a previsão é de que o inventário de Nova Iguaçu termine em sete meses. Depois desse período, todo o acervo fotografado e descrito vai para o site da diocese na internet.
– Os inventários têm possibilitado a proteção do patrimônio. Fazemos análise estilística, formal e material de cada peça. Com este trabalho, começamos a estimular uma cultura de cuidado com a arte sacra, que faz todo mundo ganhar: as igrejas, os fiéis, a população e o estado do Rio – disse Azevedo.
O diretor do Inepac trabalha no projeto com quatro técnicas, uma fotógrafa e com o historiador Antônio Lacerda. A ideia do grupo é abrir, em 2013, uma exposição com as peças das igrejas de Nova Iguaçu, bem como pleitear a criação de um museu para exibir as obras.
– Nossa diocese é muito rica, tem uma história antiga, e este tipo de projeto é importantíssimo para que possamos preservar o que temos de valor. A arte é uma expressão religiosa e o povo da Baixada sabe reconhecer e conservar isso – disse Dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu.