Jornal da Região 
A Confederação Nacional de Municípios (CNM), alertou, recentemente, para os impactos decorrentes do Censo Demográfico de 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A nova estimativa populacional apontou que o Brasil tem 212.583.750 habitantes, o que representa um crescimento de 4,68% (ou 9.502.994 habitantes). De acordo com a entidade, esse aumento expressivo em apenas dois anos levanta dúvidas razoáveis sobre a confiabilidade do Censo e da atual estimativa.
A entidade reforçou que o valor da taxa de crescimento populacional não é comum na história recente do Brasil. Assim, para sanar quaisquer dúvidas e melhorar a qualidade da pesquisa, a CNM indicou a realização de uma nova contagem populacional em 2025.
O órgão reforçou que a estimativa populacional é importante para diversos setores e para o bem-estar da sociedade, já que ela é utilizada, por exemplo, para a definição de repasses de recursos aos municípios, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e a maioria dos programas federais. Segundo a CNM, “essas transferências são fundamentais para que as prefeituras possam prestar assistência efetiva à população em várias áreas da gestão local”.
Análise da CNM sobre a nova estimativa mostrou também que apenas 191 (3,4%) municípios do país perderam população, enquanto 5.372 (96,4%) registraram aumento, e em sete, a população permaneceu igual à do Censo. No que se refere ao FPM, principal fonte de receita de sete em cada dez municípios, considerando as 5.542 cidades do interior, em 397 haverá mudanças de coeficiente: 393 ganharão e apenas quatro perderão. Segundo a entidade, isso pode gerar prejuízos nos repasses feitos no decorrer deste período.
