Estudo aponta que o Brasil tem 5,3 milhões de jovens “nem-nem”

O CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) realizou na terça-feira, 29 de abril, a primeira edição ESG do evento Empregabilidade Jovem Brasil, com a apresentação de uma pesquisa inédita do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que analisou a situação dos jovens no mercado de trabalho brasileiro.

A pesquisa traz recortes por estado e regiões do país. Entre os destaques do levantamento se destacaram:

  • O número de jovens desempregados entre 14 e 24 anos caiu pela metade nos últimos cinco anos, passando de 4,8 milhões no 4º trimestre de 2019 para 2,4 milhões no mesmo período de 2024.
  • A taxa de desemprego juvenil recuou de 25,2% para 14,3% no mesmo intervalo, com destaque para quedas expressivas no Sudeste (26,5% para 14%) e no Sul (17,5% para 8,2%).
  • A informalidade entre jovens ocupados também diminuiu, de 48% para 44%.
  • O número de estagiários subiu de 642 mil em 2023 para 990 mil no início de 2025, sendo 64% mulheres, das quais 49% brancas e 39% negras (pretas e pardas).
  • A proporção de jovens que não estudam nem trabalham (os chamados “nem-nem”) atingiu o menor nível da série histórica, com 5,3 milhões de brasileiros entre 18 e 24 anos – parte significativa deles composta por jovens mães

A pesquisa também revelou que 53% dos jovens ocupados são celetistas e que 67,1% recebem salários inferiores à média nacional de R$ 1.854. Entre os fatores que mais motivam os pedidos de desligamento voluntário estão ter outro emprego em vista, baixo valor salarial e problemas éticos nas empresas.

Questões de saúde mental e dificuldades de mobilidade também aparecem como motivos relevantes para a saída voluntária dos postos de trabalho. O material também traz uma análise sobre os desafios da automação e da inteligência artificial para o futuro do trabalho jovem, apontando a necessidade de fortalecer a educação técnica e tecnológica.

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