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A frota de automóveis no estado do Rio de Janeiro será quase o dobro da atual até 2020, segundo estimativa do professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Paulo Cezar Ribeiro. De acordo com o Estudo da Evolução da Frota, entre 2016 e 2020, o Rio terá um carro para cada dois moradores.
A pesquisa prevê que a frota de 1,867 milhão de automóveis, que circula atualmente no Rio, ultrapasse os três milhões nos próximos nove anos. O professor atribui esse crescimento a três principais indicadores: à vontade de ter veículo próprio, ao interesse do Governo Federal no comércio de automóveis e ao crescimento da indústria automobilística no Brasil.
– Existem três grandes indicadores que comprovam que estas taxas tendem a aumentar. Primeiro, a vontade de cada um ter o seu carro. Segundo, porque o governo tem interesse que as pessoas comprem carros para arrecadar impostos. E, terceiro, que todas as fábricas de automóveis estão vendendo carros no Brasil. É um mercado que só tende a crescer.
Entre 2001 e 2010, o número de veículos, incluindo carros, motos, caminhões e ônibus, aumentou 43% em Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense; 38% em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; 29% em Itaguaí, também na Baixada, e em Niterói, Região Metropolitana; e 28% na capital fluminense.
O Brasil se tornou um país que ganha mais carros e motos do que gente. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), entre setembro de 2003 e o mesmo período deste ano, houve um aumento de 123% na frota do país. Para se ter uma ideia, nesse mesmo espaço de tempo, a população cresceu 11%. Nesses anos usados para a comparação, o Brasil ganhou uma média de 12 mil por dia. Em resumo, é como se todos os moradores de uma única cidade, como Cardoso Moreira, no Norte Fluminense, adquirissem pelo menos um carro ou uma moto diariamente.
– Quem ganha um salário mínimo pode comprar uma motocicleta a prestações. As facilidades, hoje, são grandes, tanto no grande número de prestações como no consórcio – explica Júlio César, fazendo contas de que uma motocicleta nova custa de R$ 5 mil a R$ 7,5 mil e pode ser comprada em consórcios ou em prestações de R$ 200 a R$ 250 mensais.
Na Região Centro-Norte Fluminense, as duas cidades, Cordeiro e Cantagalo, estão ficando com o trânsito congestionado nos dias de maior movimento. Além do número de carros ter aumentado, acrescenta ao problema ao elevado número de estacionamento privativo para autoridades, agências bancárias, farmácias e carga e descarga de mercadorias para as empresas localizadas no Centro das duas cidades.
Mesmo com os municípios criando as secretarias municipais de Trânsito, que, teoricamente, seria, para organizar o movimento de veículos, acaba prejudicando, pois vários estacionamentos privativos foram criados nas cidades e muitas faixas foram criadas.
O vereador cantagalense Ciro Fernandes (PR) afirmou à reportagem que pretende fazer um pronunciamento na Câmara Municipal questionando o excesso de estacionamento na cidade, pois, segundo ele, a Constituição Federal não dá sustentação a estes previlégios.
Outro fator agravante em Cantagalo e Cordeiro é a realização de festas no Centro da cidade. Em Cordeiro, mesmo tendo um dos melhores parques de eventos do estado, a Prefeitura continua autorizando e realizando eventos em frente à rodoviária municipal, provocando um caos no trânsito e para os passageiros, que têm que tomar ônibus.
Também em Cantagalo, a questão é mais séria, pois as festas são realizadas dentro da rodoviária municipal e o caos é criado. Os
ônibus são obrigados a fazer pontos no bairro Triângulo. Como a cidade está localizada entre duas montanhas, com poucas ruas de acesso, fica praticamente impossível andar de carro nos dias de festa. Já é hora das autoridades pensarem melhor e deixar de fazer festa nesses locais, encontrando uma solução para o problema.