Faculdade de tecnologia do Senac, sediada em São Paulo, poderá ter um núcleo em Friburgo

Atualmente, a unidade do Senac em Nova Friburgo não está conseguindo dar conta da procura diária por cursos técnicos de nível médio. Nela estudam cerca de 800 alunos, com expectativa de dobrar esse contingente em tempo recorde. Em razão disso, as instalações já estão pequenas, segundo declarações do gerente do Senac Friburgo, Nílson Lobo.

E várias são as indicações que se voltam à necessidade de implantação de novos cursos na área do Comperj. Dados importantes indicam que cerca de 80% da mão de obra deverá ser de técnicos de nível superior.

A demanda por técnicos de nível superior vem aumentando a cada ano que passa. Vagas em empresas de sofisticada tecnologia não estão conseguindo ser preenchidas devido à baixa especialização de mão de obra. Até 2015, por exemplo, todo o Brasil vai precisar de cerca de 1,7 milhão de técnicos nos mais variados segmentos.

Por enquanto, o país está muito aquém das necessidades do mercado, mesmo com os atrativos salários. O Brasil tem pressa em suprir essa demanda. Caso contrário, será obrigado a importar técnicos, que virão preencher os espaços  que deveriam ser dos brasileiros.

Hoje, a realidade nua e crua é: sobram vagas porque faltam tecnólogos formados. Isso ocorre devido à dinâmica da atividade econômica que, apesar dos altos e baixos, acha-se em franca expansão.

Nova Friburgo, por exemplo, é uma cidade considera polo na região. No entorno, gravitam 12 municípios, cuja população, incluindo Nova Friburgo, somada, chega a quase 450 mil habitantes, com um PIB (Produto Interno Bruto) regional estimado em pouco mais de R$ 3 milhões. Nessa conjuntura, a população flutuante gira em torno de 35 mil pessoas/mês, o que coloca Nova Friburgo com grandes chances de receber, de forma estratégica, esses novos cursos.

DEMANDA – Mesmo agora, durante as obras, o Comperj necessita de muitos trabalhadores. Mês passado, por exemplo, a Secretaria de Trabalho de São Gonçalo e o Sistema Nacional de Empregos (Sine) ofereceram mais de 700 vagas de emprego para diversas áreas, a maioria – 600 – para as obras do Comperj. Lá, as vagas são para carpinteiro (200), pedreiro (200) e armador (200). E a demanda é crescente, com exigência de experiência e capacitação, ou seja, oportunidades para mão de obra especializada, muitas das quais em falta no mercado de trabalho brasileiro atualmente.

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