Família distribui sementes no projeto “Semeando Rodovias”

O projeto “Semeando Rodovias” continua a todo vapor. Dessa vez foram cerca de 500 sementes de árvores frutíferas, distribuídas em 23 “bombas”, arremessadas pelas atiradeiras da Mônica Vaz e Natália Nunes Vieira, na serra de Nova Friburgo, na RJ-116.

As atiradeiras foram compradas na Feira de Tradições Nordestinas em São Cristóvão
As atiradeiras foram compradas na Feira de Tradições Nordestinas em São Cristóvão

Foi a nossa terceira atividade em pouco mais de um ano, as outras foram nas serras de Miguel Pereira e Triunfo. Já totalizamos mais de 3.500 sementes arremessadas”, afirma Giancarlo Silva Vieira.

Esta atividade que a família realiza em conjunto já tem beneficiado a natureza. A esposa Mônica e a filha Natália participam ativamente das atividades de jogar sementes.

Não joguem as sementes de frutas no lixo. Separe-as, deixando-as secar. No dia do lançamento, faça pequenos embrulhos com folha de jornal colocando umas 20 sementes em cada um. Depois é só levar em sua próxima viagem e escolher locais adequados para que elas sejam arremessadas”, explica Giancarlo Vieira, que é cantagalense, mas mora na Tijuca no Rio de Janeiro. Ele é engenheiro.

As atiradeiras, segundo Giancarlo Vieira, foram compradas na Feira de Tradições Nordestinas em São Cristóvão, Rio de Janeiro.

Perguntado como surgiu a ideia, Giancarlo explica com detalhes:

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A cerca de um ano e meio, li uma matéria na internet dizendo que povos asiáticos têm esse costume de atirar sementes as margens de rodovias. Depois disso, começamos a separar todas as sementes de frutas que consumíamos em casa, deixando-as secar. A minha esposa Mônica e a minha filha Natália ficaram empolgadas com esse trabalho voluntário. Começamos a pensar em como embalar as sementes e atirá-las nas rodovias. Num primeiro momento, embalamos 20 sementes em cada “bomba” (bomba foi o nome que escolhemos para denominar os pacotinhos com as sementes). Esse primeiro lote foi atirado na serra de Triunfo, em torno de 400 sementes. Percebemos que as bombas não iam muito longe, devido ao embrulho em folhas de jornal ficarem muito leves”, conta com detalhes.

"Esse projeto teve início em julho de 2019 e minha filha comprou a ideia."
“Esse projeto teve início em julho de 2019 e minha filha comprou a ideia.”

Então, no segundo lote, colocamos uma pequena pedra junto com as sementes. Ainda assim não estávamos satisfeitos. Daí surgiu a ideia de usarmos uma atiradeira. A maior dificuldade foi encontrar esse objeto. Pedi a papai para procurar nas lojas de ração em Cantagalo, mas não houve sucesso. Ninguém mais produzia tal artefato.

Num determinado dia, fomos a Feira de Tradições Nordestinas no bairro de São Cristóvão, aqui no Rio, e, para nossa grata surpresa, conseguimos encontrar a “tão sonhada” atiradeira. E assim, no nosso terceiro lançamento, que foi na serra de Nova Friburgo, atiramos 23 bombinhas contendo 20 sementes em cada uma, com o auxílio da atiradeira. Foi um sucesso total. A minha filha, que nunca tinha visto uma atiradeira, sequer tinha ouvido falar desse objeto, ficou radiante.

A minha esposa também ajudou muito e adorou a brincadeira de fazer o lançamento com o auxílio da atiradeira.

Fizemos um outro lançamento, na serra de Miguel Pereira, esse com cerca de 2.600 sementes, tais como, pinha, melancia, limão, laranja, mamão, lima da pérsia, mexerica, melão, caqui, tomate, uva e acerola.

Já jogamos algo em torno de 3.500 sementes ao longo das rodovias RJ 116, RJ 125 e RJ 182. No mês de janeiro de 2021, iremos a Penedo e estamos preparando mais um lote de sementes para serem atiradas na BR116 (Via Dutra), na serra das Araras.

Esse projeto teve início em julho de 2019. Se Deus quiser não vamos parar nunca. A minha filha comprou a ideia. Uma coisa importante: sou cantagalense, com muito orgulho.

Estamos com previsão de fazer esse trabalho em todo o nosso município, para setembro de 2021, fazendo o seguinte percurso: saindo de Cantagalo (sede), passando pela Floresta, descendo a serra da Prata, em direção a São Sebastião do Paraíba, depois subir por São Primo, chegando em Boa Sorte, passando por Euclidelândia e finalizando o trajeto em Cantagalo, atirando sementes ao longo das rodovias municipais“.

Giancarlo Silva Vieira

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