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A fazenda centenária de Areias, localizada em Boa Sorte, quinto distrito de Cantagalo, com 540 hectares, construída pelo Barão Nova Friburgo, também antigo dono do Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, está à venda.
No site da empresa Alianza Imóveis, de Belo Horizonte (MG), é possível ver as belas fotos deste imóvel considerado um dos mais belos da região do estado do Rio de Janeiro.
A histórica Fazenda de Arreias é cortada por rio e várias nascentes. Tem padrão alto luxo, com muito requinte e extremo bom gosto. Com rede elétrica e hidráulica toda nova e de última geração.
O prédio da fazenda tem 14 suítes e mais duas semissuítes; 16 salas amplas; 13 banheiros; piscina aquecida semiolímpica (27x19m); sauna a vapor; sala de descanso; e lazer completo com Espaço Gourmet.
Além de uma capela, a fazenda possui chafariz centenário e jardins com árvores centenárias. Ela é decorada com móveis, esculturas e obras de arte trazidos de antiquários e casa de leilões de Londres (Chistis/Horrods). O anúncio no site da empresa garante que a venda da fazenda é de porteira fechada, no valor de R$ 25 milhões.
A área útil do imóvel é de seis mil metros quadrados. A área do terreno é de 5,4 milhões de metros quadrados.
A fazenda é conhecida pelo seu valor histórico e foi onde a família real foi recebida para um grande almoço na época do Império. O local também é conhecido por possuir uma jabuticabeira que foi plantada pela princesa Isabel.
Fazenda pertenceu ao Barão de Nova Friburgo
A fazenda era a principal das demais 20 fazendas que Antônio Clemente Pinto, primeiro barão e conde de Nova Friburgo, possuía em Cantagalo.
Entre suas obras, destacam-se a construção da ferrovia que ligava Niterói a Cantagalo, e daí a Itaocara e Portela; o Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, que, durante anos, foi sede do governo do país; e o Palacete ou Solar do Gavião, em Cantagalo, a sede mais imponente das fazendas locais, em estilo neoclássico, que hospedou a princesa Leopoldina e o conde d’Eu.
Para a construção da sede da Fazenda de Areias, em meados do século XIX, o barão contratou os serviços do engenheiro holandês Jacó Van Erven, que, mais tarde, se tornou seu sócio e administrador de várias fazendas da família. Van Erven cuidou do projeto e administrou a construção, utilizando mão de obra europeia, como canteiros portugueses, resultando em uma das mais belas casas de morada em estilo colonial de toda a região, com belíssimas proporções, trabalhos em cantaria e carpintaria, e expressivos murais em seu interior.
Além da sede, a Fazenda de Areias possuía formidável conjunto produtivo que contava com armazéns, engenhos, máquinas de beneficiar café, uma usina elétrica de 56 cavalos de força, mais de 600 mil pés de café, grandes lavouras de cana e de cereais.
A propriedade media 947 alqueires, dos quais 100 de terras em várzeas. Antes mesmo da chegada do trem a vapor, havia uma pequena ferrovia particular de tração animal, de 0,80 metros de bitola e oito quilômetros de extensão, que ligava Laranjais a Areias, passando por outras fazendas do barão, para escoar o café e os cereais colhidos nessas fazendas.
Na partilha dos bens, a Fazenda de Areias coube a seu filho, Antônio Clemente Pinto Filho, 2° barão, visconde e depois conde de São Clemente, capitalista que terminou as obras da ferrovia iniciadas pelo pai. Ao se aposentar, em 1888, foi morar na fazenda.
Com a morte do conde, em 1912, Areias foi herdada por sua filha, Maria José de São Clemente, casada com Augusto de Faro Carvalho. Herdeiro deste último, Edgard Faro manteve a propriedade por muitos anos, vendendo-a, depois, a Bernhardt Winkler, criador de gado guzerá.
Atualmente, a Fazenda de Areias pertence a Sílvia Oliveira, que reformou e restaurou toda a fazenda, considerada uma das mais bonitas e representativa da região.