Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Profissionais puderam tornar seus trabalhos e produtos conhecidos de cantagalenses e visitantes
A Feira de Artesanato de Cantagalo, evento organizado pela Secretaria Municipal de Cultura no último sábado, 22 de setembro, na Praça Cônego Crescêncio Lanciotti, a Praça da Matriz, no Centro da cidade, encantou cantagalenses e visitantes e, de acordo com a Secretaria de Cultura, atingiu o objetivo proposto: dar oportunidade a artesãos do município de exporem seus trabalhos, compartilhar seus talentos e, de quebra, ganhar um dinheirinho, seja negociando seus produtos na hora ou garantindo encomendas futuras. Foram centenas de itens artesanais expostos no local.
Para a secretária de Cultura, Darlene Machado, mais do que o artesanato exibido, a feira mostra a diversidade cultural de Cantagalo. “Adotamos o tema ‘Cantagalo Fazendo Arte: seus Símbolos e sua História’ justamente para mesclar uma apresentação que tornasse a feira um pouco dessa diversidade imensa de nosso país. A propósito, estamos nos aproximando desses artesãos e os incentivando, também, a confeccionar lembranças de Cantagalo para nossos visitantes, que, muitas vezes, procuram e não as encontram”, disse Darlene Machado, acrescentando que a intenção também é tornar a feira, além dos aspectos culturais, um evento econômico, gerando renda aos profissionais.
Na feira, entre tantos outros, estiveram trabalhos em madeira, numa fantástica combinação realizada pelo carpinteiro Paulo César Cunha Pinto, do Sítio Boa Vista, em Boa Sorte, quinto distrito do município. “Trabalho com madeira desde criança, então passei a apostar na confecção de barcos e utensílios domésticos. Este tipo de feira vem valorizar o nosso trabalho. Espero que esta seja apenas uma das muitas que virão, porque, para apresentar meu trabalho, tenho viajado muito para fora da região. Agora, quero que as pessoas daqui, além das que visitam a cidade, também conheçam não só o meu, mas o trabalho desses artesãos fantásticos que aqui estão hoje”, disse.
Quem também vibrou com a realização da feira foi a artista plástica Delma Edith Silva Ferreira, que pinta, principalmente utilizando óleo sobre tela, cobiçados quadros, muitos deles de valor inestimável, segundo ela. “Aqui, nesta feira, por exemplo, trouxe uma dessas amostras sem preço. Trata-se da representação de como era, na minha época de criança, o centro urbano de São Sebastião do Paraíba (quarto distrito de Cantagalo). Para mim, é uma relíquia que faz parte de lembranças maravilhosas de quando era criança. Esta paisagem aqui representada não encontrei em nenhuma foto até hoje, sem falar que o centro do distrito está bastante modificado atualmente”, explicou.
Entre guloseimas doces e salgadas (parte gastronômica), pinturas, trabalhos manuais em tecido e linha, entre outros, estavam, como destaque, trabalhos que representam um incentivo a projetos sociais e ecologicamente corretos aplicados em áreas carentes. Um deles é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social no bairro Novo Horizonte, a cerca de sete quilômetros do Centro da cidade. Na oficina do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro, adolescentes e adultos têm recebido a oportunidade de desenvolverem seus talentos. Parte do trabalho, inclusive utilizando materiais recicláveis, como caixas de leite, deram vida a, por exemplo, lindos vasos de planta. Do outro lado, um dos instrutores, Gelbe Lima Vieira, mostrava belas peças decorativas em cerâmica, representando animais.
Outra tenda que chamou a atenção foi a do projeto ‘Nem Luxo, Nem Lixo’, desenvolvido através de uma parceria entre o Instituto Holcim e a Associação de Moradores do Bairro São José, o mais populoso do município, com apoio da Prefeitura. O projeto levou para a feira o sabão ecológico, fabricado à base de óleo de soja usado, que é recolhido nas casas do bairro e serve de matéria-prima para a fabricação de sabão que recebeu o nome de ‘LimpEco’ e que tem ganhado o mercado não só pela qualidade, mas, também, pela responsabilidade ecológica e social do projeto por trás da fabricação.
De acordo com a Secretaria de Cultura, muitos artesãos, embora as inscrições tenham sido feitas antecipadamente na Biblioteca Pública Municipal Acácio Ferreira Dias, não puderam participar. Mas outras versões deverão ser realizadas, podendo a feira ser integrada ao calendário de eventos do município.