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De um lado, os consumidores vorazes com as pechinhas; do outro, comerciantes cordeirenses revoltados com um feirão de roupas, acessórios e bijuterias, ocorrido nos dias 23 e 24 de agosto, no espaço da Tribus. O evento, que contou com cerca de 50 barraqueiros do Brás (SP), foi muito concorrido, com fluxo estimado de cinco mil pessoas. A divulgação maciça atraiu a atenção das pessoas do Centro-Norte, ávidas por consumir produtos com baixo preço. “Comprei um conjunto de moleton para meu filho por apenas R$ 30. Sei que o produto é falsificado, mas, nessa hora, conta o preço”, disse a professora Nice Neves, de Trajano de Moraes.
A direção da Tribus informou que tudo foi legalizado para o evento. Realmente, o local funciona com alvará da Prefeitura de Cordeiro e do Corpo de Bombeiros. Entretanto, os empresários alegaram que a desaceleração da atividade econômica afetou a arrecadação de julho. “Tivemos um junho ruim, um julho horrível e vamos sofrer nesse agosto, mas acho que os políticos não se importam”, comentou o comerciante Lino Rodrigues, que cobra uma posição da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Cordeiro (Aciacor).
Comerciantes de Cordeiro não pouparam críticas à iniciativa da vinda dessa Feira do Brás para a cidade – um distrito paulista essencialmente voltado ao comércio de confecções, com forte destaque na venda de jeans no atacado e, também, de moda infanto-juvenil, destacando-se, ainda, a grande concentração de lojas especializadas na venda de enxovais e produtos para gestantes e bebês.
O Brás também possui forte presença das comunidades colombiana e boliviana. “O Governo Federal não alivia seus impostos. O estado também não. Agora, a Prefeitura era para ter batido o pé e dito: não queremos”, enfatiza o empresário de roupas Filipe Pereira.