Deputado federal se encontra com atual prefeito e prefeito eleito do Carmo
No dia 28 de dezembro de 1995, após um longo processo de luta comandado pelo líder emancipacionista José Carlos Boaretto, entre vitórias e derrotas nas áreas jurídica, administrativa e política, a população de Macuco finalmente viu sancionada, pelo então governador Marcello Alencar, em ato solene realizado no Palácio do Ingá, em Niterói, a Lei n° 2.497/95, criando o município de Macuco. De posse do documento histórico, o povo saiu às ruas para comemorar a liberdade e o desligamento de Cordeiro, de quem fora segundo distrito durante anos.
Para marcar os 20 anos de conquista da emancipação política e administrativa, no último dia 28 de dezembro de 2015, uma solenidade cívica foi realizada no prédio da Prefeitura, no Centro da cidade, onde ocorreu o hasteamento das bandeiras nacional, estadual e municipal, num evento que reuniu autoridades dos poderes Legislativo e Executivo, além de personalidades locais e representantes da população.
Durante a solenidade, marcada pelas interpretações dos hinos nacional brasileiro e de Macuco, executadas pelo músico e compositor Marcelo Romeiro Juliano, além do prefeito Félix Lengruber – na ocasião acompanhado por secretários de governo, diretores de departamentos e assessores –, participaram o vice-presidente da Câmara Municipal, Cássio Daflon, e os vereadores Alan Joi e Carlos Alberto Oliveira, o Tico-Tico.
Representando o Legislativo local, Cássio Daflon afirmou que a data histórica serve como reflexão e para lembrar aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para Macuco alcançar sua tão almejada autonomia. Ele também disse que o Poder Legislativo deve caminhar junto com a administração municipal e a população, especialmente nesses momentos de crise. Ele também exaltou a dedicação do prefeito. “São nas horas difíceis que aparecem os grandes administradores”, reforçou.
Emocionado pela lembrança da luta que vivenciou ainda jovem, o prefeito Félix Lengruber rememorou detalhes do processo de emancipação de Macuco e enalteceu o trabalho dos que contribuíram para a histórica vitória, destacando a liderança de José Carlos Boaretto.
O prefeito disse, ainda, que, após a instalação do município, os prefeitos Maurício Bittencourt e Rogério Bianchini foram fundamentais ao realizarem obras garantindo a infraestrutura urbana. “Foram personalidades que fizeram da emancipação um ideal e trabalharam em busca de uma nova realidade para a população”, discursou.
Sem se esquecer das dificuldades inerentes ao que denominou de crise financeira, ética e política, o prefeito de Macuco fez severas críticas à falta de agilidade das autoridades federais na votação de leis e emendas essenciais aos municípios.
Félix Lengruber ainda foi duro com seus críticos, dizendo que estes sequer conhecem a real situação e afirmou que, mesmo diante da escassez de recursos, sua equipe trabalha para manter em dia os atendimentos de saúde, a atenção à educação e o pagamento dos servidores.
– Essas coisas não há como eles criticarem, pois estamos rigorosamente em dia com os nossos compromissos, como no caso do material escolar para os estudantes, que já está comprado e pago – destacou Lengruber.
Em tom de desabafo, o prefeito também garantiu que recebeu de Deus, da família e da profissão lições de respeito à vida do ser humano e que assim conduz seu trabalho e sua vida particular. Ele reafirmou ainda que seu maior legado, o hospital de Macuco, será inaugurado antes do final de seu mandato e novamente desabafou: “muitos torcem e até trabalham contra essa conquista, e eu fico extremamente decepcionado com atitudes como essa, afinal, trata-se de uma obra cuja finalidade é salvar vidas”.
Por fim, Félix Lengruber disse que continua lutando em Brasília para que Macuco resolva as questões territoriais, incluindo a tentativa de um novo recenseamento na áreas onde as pessoas não foram computadas pelo censo e deixou uma mensagem de otimismo e esperança à população. “Desejo um ano novo repleto de paz e saúde. Podem estar certos de que eu sempre respeitarei, em primeiro lugar, a vontade popular”, concluiu Félix Lengruber.