Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
No último domingo, dia cinco de junho, ocorreu uma feliz coincidência de datas importantes: Dia Mundial do Meio Ambiente e Dia de Pentecostes.
Atualmente, existe uma preocupação enorme com a degradação da natureza pelo capitalismo selvagem que só visa o lucro individual ou de pequenos grupos sem zelar pela manutenção da natureza e do equilíbrio ecológico.
Em 1972, em Estocolmo, capital da Suécia, o ONU realizou a Primeira Conferência sobre Meio Ambiente, no período de 05 a 16 de junho, portanto há meio século. O evento contou com a participação de 113 nações e de 400 organizações governamentais e não governamentais.
A primeira conferência teve o objetivo de discutir a degradação do meio ambiente e suas consequências sobre as diversas formas de vidas animais e vegetais do nosso planeta. Temas analisados:
– Mudanças climáticas e a qualidade da água.
– Soluções para reduzir os desastres naturais.
– Reduzir e encontrar soluções para a modificação da paisagem.
– Elaborar as bases do desenvolvimento sustentável.
– Limitar o uso de pesticidas na agricultura.
– Reduzir a quantidade de metais pesados lançados na natureza.
– Preservação dos recursos naturais.
– Desenvolvimento humano.
Meio século depois, os problemas de ordem ecológica aparecem em maior escala: destruição das florestas, garimpo ilegal, poluição das águas por metais pesados e dejetos humanos, uso de pesticidas nas lavouras e pastagens, etc.
No Brasil, a floresta amazônica, que recobre cerca de 45% do solo brasileiro, considerada o pulmão do mundo, vem sendo destruída em ritmo cada vez maior. Os ecologistas avaliam em 12% a destruição da floresta e que se atingir 20% será um processo irreversível.
Além da exploração da madeira, outros procuram transformar aquela vastíssima região em pastagens para seus rebanhos bovinos. Ocorre que, se a floresta for destruída, além dos prejuízos na purificação do ar atmosférico, a agricultura das regiões sul, leste e centro-oeste do Brasil serão altamente danificadas com a redução das chuvas que se formam com a evaporação que ocorre na floresta amazônica. Haverá um desequilíbrio em nossa natureza, resultando na diminuição de alimentos num país cuja população cresce cada vez mais.
Ocorre ainda a invasão da reservas indígenas por garimpos irregulares, com a poluição de rios com mercúrio, sem falar das doenças que a civilização branca transmite aos nossos índios. Algumas fatais!
Em 24 de maio de 2015, o Papa Francisco lançava a carta encíclica Laudato Si (Louvado Sejas), creio que o primeiro documento ecológico da Igreja Católica Apostólica Romana.
Neste documento, conhecido também como Cuidado com a Casa Comum, o Papa Francisco se mostra profundamente preocupado com a poluição e destruição da natureza, com a queima das florestas e consequente destruição de milhares de espécies vegetais e animais, várias com risco de extinção. Critica o consumismo e o desenvolvimento irresponsável, fazendo um apelo para a defesa global da nossa casa comum, o planeta Terra. Documento de tamanha importância sendo elogiado, na época, por pessoas de outros credos religiosos. Se você não conhece, vale a pena a sua leitura.
Em Cantagalo, felizmente, temos a usina de reciclagem, ficando a natureza de nosso município parcialmente protegida de muitas agressões.
Outra comemoração valiosa ocorrida do dia cinco foi o Dia de Pentecostes, que no calendário da Igreja Católica ocorre 50 dias depois da Páscoa de Cristo.
A Festa de Pentecostes já existia no Antigo Testamento, inicialmente era conhecida como Festa das Colheitas, passando a ser conhecida como Pentecostes depois que a Palestina passou ao domínio político dos gregos.
A Festa de Pentecostes é de magna importância para o cristianismo, assinalando o recebimento do Espírito Santo pelos apóstolos e Maria Santíssima.
Nos Atos dos Apóstolos encontramos: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At.2,1-4).
Pedro, aquele que negara Jesus três vezes com medo dos judeus, a partir daquele momento era um homem de coragem e bom orador. Levantando-se e com voz forte, faz um eloquente discurso sobre Jesus Cristo, convertendo ao cristianismo 3.000 judeus.
Naquele momento nascia a Igreja Católica missionária que se espalhou pelo nosso mundo e que hoje conta com um bilhão e duzentos milhões de fiéis, sem falar dos cristãos de outros ramos.
Do mesmo modo que Pedro e os apóstolos foram missionários, cada cristão deverá ser um missionário no mundo atual, levando os ensinamentos do Grande Mestre a todos os povos.
Júlio Carvalho é médico, ex-vereador e ex-provedor do Hospital de Cantagalo, e atualmente é auditor da Unimed de Nova Friburgo.