Evento será encerrado no próximo final de semana em Nova Friburgo. Objetivo é incentivar a produção, venda e consumo da fruta
Após o sucesso da feira e exposição de morangos, derivados e sistemas de produção, continuam, até o próximo domingo, 27 de outubro, as atrações do Festival do Morango de Nova Friburgo. O objetivo é incentivar produção, venda direta e consumo local, além de divulgar técnicas sustentáveis de manejo da fruta.
Durante todos os sábados do mês de outubro, acontece a edição especial do projeto Mãos na Massa, no Mercado da Vila Amélia (Coopfeira). São oficinas gratuitas de culinária com sugestões saborosas, fáceis de cozinhar e de baixo custo, tendo o morango como protagonista. Sábado passado, dia 19, por exemplo, quando foi realizada a terceira oficina, a extensionista social da Emater-Rio Sônia Gabri ministrou o trabalho e mostrou como preparar pratos salgados, como pão de metro com gergelim e uma salada de folhas com morango. No mesmo dia, foi oferecida degustação da cerveja artesanal Baderna, a Rock Valley Bier sabor morango, lançada especialmente para o evento. Já o último encontro do mês do Mãos na Massa, no próximo sábado, dia 26, será comandado pela produtora rural Fernanda Schuenck Hottz, que representa as associações Amorango e Aprorio, e vai apresentar a já famosa taça de chocolate com morango e chantilly. Todas as oficinas acontecem sempre às 10h, com limite de 20 participantes. Os interessados devem retirar uma senha no local a partir das 9 horas.
O secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, avalia que as atividades do festival demonstram os resultados das políticas de fortalecimento desta importante cadeia produtiva da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. “Com a inclusão do morango no Programa Frutificar e o apoio técnico, os produtores do estado puderam retomar e aprimorar sua produção”, disse.
Durante o festival, 35 restaurantes, hotéis e pousadas do município estão servindo sobremesas com a fruta.
Apae de Nova Friburgo receberá alimentos da Ceasa-RJ
Entidade será cadastrada no progama Banco de Alimentos
O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, esteve, no último dia 10 de outubro, na Associação dos Pais e Amigos dos Especiais de Nova Friburgo (Apae) para visitar as instalações da entidade, que sofreu a perda de um de seus dois imóveis após a tragédia provocada pelas chuvas de janeiro de 2011 na cidade. Um novo prédio foi construído a partir da soma de esforços de empresas, da sociedade civil e do Governo do Estado, que doou de R$ 1 milhão proveniente do lucro obtido com a venda de bilhetes da Raspadinha S.O.S Região Serrana, da Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).
Dois edifícios compõem o complexo da Apae de Nova Friburgo, onde são atendidas 500 pessoas de 0 aos 50 anos de idade. Um terceiro está sendo projetado para as funções administrativas.
O secretário Felipe Peixoto enfatizou a admiração pelo trabalho e destacou que não irá medir esforços para contribuir com o trabalho que vem sendo desenvolvido pela equipe de Maria das Dores Mello Pacheco. “É um trabalho admirável e poder ajudar é gratificante. Estarei, através da Secretaria de Desenvolvimento Regional e de suas vinculadas, como a Ceasa-RJ e Fiperj, somando esforços para contribuir com o trabalho dessa mulher incansável. Nosso primeiro passo será cadastrar a instituição no programa Banco de Alimentos para que se torne uma beneficiada das doações da Central de Abastecimento. E também incluí-la no Programa de Aquisição de Alimentos que a Ceasa-RJ vai desenvolver em parceria com o Ministério do Desenvolvimento”, anunciou o secretário.
Fundadora da Apae de Nova Friburgo, Maria das Dores, a Dorinha, relembrou quando deu início à instituição, há 35 anos, no porão de sua casa, e destacou a importância da colaboração das pessoas para o projeto. “Para nós, cada um que estende a mão entra na história e na filosofia da Apae, se tornando um amigo da associação, um ‘apaiano’. Somente com a ajuda recebida durante todo esse tempo é que foi possível construir esse sonho. Mas ainda há muito a ser feito”, declarou Dorinha, se referindo ao projeto Pousada Especial, para atender maiores de 18 anos.
Natural da cidade, o deputado Olney Botelho acompanhou o secretário Felipe Peixoto na visita à Apae. Em 1998, quando ocupava o cargo de deputado estadual, homenageou Maria das Dores com a medalha Tiradentes. “O que a Dorinha faz pelos friburguenses através da Apae é admirável. São anos de luta dessa mulher incansável. Quem esteve aqui após a tragédia de 2011, quando a sede da associação foi devastada, e se depara hoje com essa estrutura magnífica, não acredita que se trata do mesmo lugar. Isso, graças ao esforço de Dorinha e de apoiadores, como o Governo do Estado, que teve papel importantíssimo nesse processo”, lembrou o deputado.
APAE – Entidade nasceu no Rio de Janeiro, em dezembro de 1954. Hoje, o movimento se espalhou pelo país e é mantido pela força de trabalhadores como Dorinha, em Friburgo.
Seminário Rural Legal acontece no próximo sábado, em Conquista
Encontro reunirá produtores de 16 municípios do interior
Com o objetivo de tratar de questões relacionadas ao cooperativismo e à sustentabilidade, a Associação Rural Legal irá promover, no próximo sábado, 26 de outubro, das 8h às 20h, na Ceasa, no distrito de Conquista, em Nova Friburgo, o seminário Rural Legal. O encontro irá reunir produtores rurais e moradores de 16 municípios do interior fluminense, que participarão de oficinas, acompanharão diversas palestras, vídeos, além de shows.
O evento terá início às 8h com a recepção dos inscritos. A abertura oficial será às 9h e contará com a participação de autoridades estaduais, municipais, equipes da Ceasa e de cooperativismo. O ciclo de palestras terá início às 10h30min., seguido de uma apresentação cultural de mineiro-pau. Fechando as atividades da manhã, haverá a exibição de vídeos para debates.
Após a pausa para o almoço, as atividades serão retomadas com exibições de vídeos e, às 17h, haverá a apresentação das cooperativas destinadas ao Rural Legal e as oficinas (Amorango, Cooperativas de Cervejeiros, de Alimentação, Ecoserra e Associações de Produtores Rurais). O encerramento fica por conta do show de Titito Batera.
O Rural Legal é uma associação em atividade desde 2010, que tem por finalidade estimular, provocar e viabilizar programas de desenvolvimento integrado: saúde, educação e economia, de modo a garantir o equilíbrio psicossocial das regiões atendidas. Tem sua base de trabalho em Campo do Coelho, terceiro distrito de Nova Friburgo, que abrange as regiões de Conquista, Cardinot, Barracão dos Mendes, Centenário, Salinas, Baixada de Salinas, Três Picos, Florândia da Serra, Fazenda Rio Grande, São Lourenço e outras pequenas comunidades.
Quem quiser participar do Seminário Rural Legal – Cooperativismo: Harmonia e Sustentabilidade basta fazer a inscrição na Ceasa de Nova Friburgo, que fica na RJ-130 (Rodovia Nova Friburgo/Teresópolis, Km 47,5). Mais informações pelos telefones (22) 9818-7069 ou 7813-4766.
Proprietário de 23 fornos é multado por fabricação de carvão em Duas Barras
Armando Nogueira alegou, como defesa, desconhecimento da lei
Uma liminar da Justiça fluminense impediu, dia 14, que 23 fornos ilegais para a fabricação de carvão fossem destruídos. Os fornos foram localizados uma operação da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), através de uma denúncia anônima. A operação foi montada para embargar, multar e demolir os fornos ilegais de carvão construídos nas proximidades do Parque Estadual dos Três Picos, no município de Duas Barras.
De acordo com a Secretaria de Estado do Ambiente, a atividade é considerada potencialmente poluidora e a madeira que abastece os fornos é da Mata Atlântica. A produção ilegal de carvão vegetal é altamente danosa ao meio ambiente, pois provoca a destruição de espécies de mata nativa. A multa pode chegar a R$ 1 milhão.
Os agentes da Cicca e policias militares do Comando de Polícia Ambiental (Cpam) não puderam dinamitar os fornos porque o proprietário da área, Armando Pinto Nogueira, apresentou, por intermédio do seu advogado, uma liminar concedida pela juíza Maria do Carmo Alvim Padilha Gerk, da Vara Única de Duas Barras, impedindo a demolição dos fornos.
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o empreendimento estava funcionando sem licença e, mesmo com a decisão da juíza, a secretaria vai tentar cassar a liminar. “A liminar era para não destruir os fornos, então o empreendimento foi embargado, ele não pode fazer carvão. Foi multado porque estava funcionando sem licença e nós vamos tentar quebrar a liminar, porque a gente sabia que eles usavam uma parte de eucalipto plantado, o que pode, mas para a produção que ele tinha de carvão era muito acima do fornecimento de eucalipto plantado. Então, ele fazia o que muitos fazem: um mix de uma parte legal e uma parte ilegal”, explicou.
Já o empresário Armando Nogueira afirmou que não tinha a licença por desconhecimento. “Nós já tínhamos toda a documentação do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), já há muitos anos, desde 1988. Iremos procurar imediatamente uma pessoa especializada no assunto e providenciar a licença”.