Fundo de Participação dos Municípios será pagos na terça-feira

O segundo repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de julho será depositado nas contas das 5.568 prefeituras nesta terça-feira (20), somando um montante de R$ 905 milhões. Com o desconto de 20% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o valor reduz para R$ 724 milhões.

A quantia segue a tendência de crescimento em relação ao ano passado. Em 2020, o repasse somou R$ 713 milhões com o desconto do Fundeb. Dados da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostram que este decêndio de julho será positivo em 26,79%. Com o reajuste da inflação, o crescimento cai para 18,6%.

A soma das duas transferências de julho evidencia que o FPM deste mês alcança R$ 5,6 bilhões, acima dos R$ 4 bilhões de 2020, um aumento de 29,25% considerando a inflação. A análise da destinação dos recursos do FPM divide os municípios em três categorias: capitais, interior e reserva. Neste decêndio, o valor repassado para o interior será de R$ 625 milhões.

Repasse FPM RJAs capitais dos estados e Brasília recebem 10% do FPM. Interior são os demais municípios brasileiros e representam 86,4% do FPM. Já os municípios de reserva são aqueles com população superior a 142.633 habitantes e recebem – além da participação como município de interior – uma cota adicional de 3,6% do fundo.

Os valores do Fundo de Participação dos Municípios são pagos às prefeituras três vezes ao mês, até os dias 10, 20 e 30. Caso a data caia em final de semana ou feriado, como ocorreu no primeiro pagamento de julho, o repasse é antecipado para o primeiro dia útil anterior. Os valores são creditados pelo Banco do Brasil S/A, que disponibiliza, no site da instituição, os avisos referentes às distribuições decendiais das contas dos Fundos de Participações, com os lançamentos a crédito e débito.

Uso racional

Na avaliação de César Lima, economista e especialista em Orçamento Público, os gestores das prefeituras precisam aproveitar este momento de crescimento de repasses para uma utilização racional dos valores. “Nós temos visto, nos últimos meses, recorrentes recordes de arrecadação que vêm afetando positivamente o FPM. Eu indicaria que os municípios colocassem suas contas em dia, principalmente aquelas que podem ocasionar algum bloqueio desses mesmos recursos, como, por exemplo, aqueles empréstimos cujo aval é dado pela União”, ressalta.

Apesar de ser um fundo essencial para as prefeituras, nas vésperas desse segundo pagamento do mês, 60 municípios e um estado, Rio Grande do Sul, se encontram bloqueados e não poderão ter acesso à parcela do FPM. O bloqueio acontece quando o município ou o ente federado possui alguma dívida com a União. Neste caso, a Constituição Federal traz uma permissão para reter o recurso que seria enviado.

Esses municípios bloqueados devem procurar a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional ou o INSS, conforme for o caso, para negociar seus débitos, fazer um reparcelamento, se for o caso, dos valores em atrasos para conseguir liberar esses recursos, que para alguns municípios são muito importantes e compõe a maior parte da renda”, explica César.

Fonte: Brasil 61

Ver anterior

Brasil já vacinou 56,2% da população vacinável contra Covid-19

Ver próximo

Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo de Trajano de Moraes aposta no ecoturismo rural

Comente

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Populares

error: Conteúdo protegido !!