“GAC – Amigos para sempre – Parte 2”, por Celso Frauches

Da esquerda à direita: Edmo Japor (Edinho), Celso Frauches, Celso Japor, Douglas Frauches e Suely Frauches

E a história do GAC continua…

Na fundação do Grêmio dos Amigos de Cantagalo (GAC) estavam presentes e são considerados fundadores, além de mim e do Geraldo, Angrense Pires, promotor público; Arthur Nunes da Silva, o “poeta dos melros”; Acácio Ferreira Dias, jornalista, escritor e historiador; Paulo, Acúrcio e Alberto Torres, políticos cantagalenses de prestígio (à época Paulo Torres chegou a governador do Estado do Rio, no início do regime militar; Alberto Torres era da UDN, deputado estadual e jornalista combativo, dono de “O Fluminense”; Acúrcio era senador), Lizst Sá Vieira, chefe do Gabinete Civil do governador Miguel Couto; Djalma Dantas de Gusmão, médico; Manoel Vieira Cortes Losada, empresário rural, líder político; Paulo de Almeida Campos, professor da UFF, educador e intelectual; Matilde Peçanha, Idalina Laper, Estefânia de Carvalho; Walter Vieitas, cantagalense e deputado estadual pelo PSD; João, Honório e José Peçanha (o Honório Peçanha foi artista plástico dos mais famosos da época; em Brasília, a sua genialidade está registrada na escultura de JK, que identifica o Memorial JK); Casemiro Marques, amigo inesquecível; Irene Laper, Ari Pinheiro de Andrade Figueira; Alcides Ventura, magistrado; José Naegele, jornalista combativo; Altino Morais, Ernani Freire Sampaio, jornalista; Henrique Luiz Frauches, prefeito de Cantagalo; Azér Ribeiro, José Nascimento Jr., o Zé Quererá; Acir Amarante, empresário; Walter Ferreira Tardin, empresário empreendedor; Manoel Loiola e Silva Jr.; Amélia Thomaz, professora e poeta; Sávio Soares de Souza, amigo, escritor e poeta; Moacir Martins Bogado, militar; Cortes Júnior, desembargador; Abel e Leonel Magalhães e outros nomes que não me lembro, aos quais eu peço desculpas.

Da esquerda à direita: Celso, Geraldo Arruda Figueiredo, Edinho, Edmo Lutterback, Vidomar e Líbero (Bibinho)
Da esquerda à direita: Celso, Geraldo Arruda Figueiredo, Edinho, Edmo Lutterback, Vidomar e Líbero (Bibinho) (clique para ampliar)

A solenidade de fundação do GAC foi presidida por Lizst Sá Vieira e, mediante proposta de Casemiro Costa Marques, a primeira diretoria foi eleita por aclamação, sendo assim constituída: presidente – Arthur Nunes da Silva; 1º vice-presidente – Lizst Sá Vieira; 2º vice-presidente – Acácio Ferreira Dias; Secretários – Paulo de Almeida Campos, Geraldo Arruda Figueiredo e Irene Laper; tesoureiros – Celso da Costa Frauches, Acyr Assumpção Amarante e Hamilton Monnerat Ventura; diretores sociais – Casemiro Costa Marques e Hodson de Azevedo Lima; diretores de divulgação e imprensa – José Naegele e Ernâni Freire Sampaio; secretário – Milton Nunes Loureiro; diretor de esportes – Azér Ribeiro; diretor do patrimônio – José Nascimento Jr (era quem cobrava as mensalidades!); conselho deliberativo – Acúrcio Torres, Manyr Japor, Alberto Torres, Walter Vieitas, Djalma Dantas de Gusmão, Alcides Ventura e Walter Tardin; suplentes – Antônio Lacerda, Manoel Vieira Cortes Losada e Altino Moraes. Esses cantagalenses e amigos de Cantagalo foram decisivos para o sucesso do GAC, ao longo dos anos.

À época, o Geraldo concedeu entrevista ao jornal Momento Fluminense, importante semanário niteroiense, na qual disse que “nosso grêmio é hoje uma agradável realidade; sua fundação se fazia sentir desde há muito, pois o elevado número de cantagalense que aqui residem reclamava uma associação que pudesse congregar todos aqueles que amam e admiram a encantadora terra de “Mão de Luva”. Por isso mesmo, logo surgida a ideia de sua criação, sentiu-se que todos prestigiariam a iniciativa, como de fato aconteceu. As solenidades do dia 27 de maio são testemunho inequívoco!”. Asseverou ainda que o nosso lema traduz todos os nossos ideais: “Tudo por Cantagalo e para Cantagalo”, como diz em seu livro Acácio Dias. Daqui procuraremos incentivar todas as iniciativas que visem o benefício, o progresso e o desenvolvimento da gleba cantagalense”. E foi o que efetivamente aconteceu.

(clique para ampliar)

O Grêmio dos Amigos de Cantagalo (GAC) estimulou, colaborou e apoiou as comemorações do centenário da elevação de Cantagalo à categoria de cidade, promovidas pela prefeitura cantagalense, ao tempo em que registrou, em 2 de junho de 1957, num jantar de confraternização, o 170º aniversário de fundação do município de Cantagalo.

Celso Frauches
Celso Frauches é escritor, jornalista, já foi secretário Municipal em Cantagalo e é presidente do Instituto Mão de Luva.

O GAC após as festividades do centenário da cidade apoiou e colaborou na realização de eventos socioculturais, ligados ao desenvolvimento do município de Cantagalo, destacando-se:

  • a criação do setor local da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, hoje CNEC (Campanha Nacional de Escolas Comunitárias), e a instalação e funcionamento do Ginásio de Cantagalo;
  • a criação e instalação da Casa de Euclides da Cunha, como uma instituição destinada a promover a difusão da obra euclidiana e promover, anualmente, a Semana Euclidiana, a exemplo do que já ocorria em São José do Rio Pardo (à época, visitei essa cidade do interior paulista, levado pelo meu amigo Heleno Coelho da Costa, a fim de me inteirar da organização da entidade e das comemorações anuais em torno da obra euclidiana); na concretização dessa obra cultural trabalhou intensamente o dr. Liz Sá Vieira;
  • transformação da Escola Normal Rural em Escola Normal Estadual de Cantagalo, com a construção de prédio próprio;
  • transferência da estação da Estrada de Ferro Leopoldina do centro da cidade para o bairro do Triângulo (essa providência acabou não sendo efetivada, tendo em vista ser um dos ramais deficitários da EFL, que o presidente Jânio Quadros desativou).

Ao longo dos seus quase sessenta anos de existência, o GAC teve várias diretorias e intervalos em que esteve “em recesso”. Das diretorias mais atuantes, nesse período, podemos destacar a do dr. Lizt e do Edmo Japor, o querido amigo Edinho.

Na próxima semana voltarei ao assunto.

Cantinho da poeta Amélia Thomaz
Paisagem
Pelos caminhos escampos
Num contínuo palpitar,
Milhares de pirilampos
Parecem gotas de luar.

(Extraído do livro Alaúde (Cantagalo, RJ: Ed. Autor, 1954, p. 13))

Celso Frauches é escritor, jornalista, já foi secretário Municipal em Cantagalo e é presidente do Instituto Mão de Luva.

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