Obras avançam em Cordeiro e Sistema Pare e Siga continua na RJ 116
Uma carga viva, de 190 cabeças de gado guzerá foi enviada ao Senegal, através do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). São 20 touros, 109 vacas e 65 bezerros ao pé, que foram enviados no dia 26 de janeiro deste ano.
A compra, intermediada pelas empresas GBC, AIB Internacional e Alvo Agro, sinaliza uma relação mais próxima entre Brasil e o país africano, que busca diminuir a dependência de importação de leite e o combater a fome. Os animais serão distribuídos a famílias senegalesas com dinheiro público.
O Brasil venceu uma disputa licitatória com a França por ter uma melhor qualidade genética e um gado rústico que atende às necessidades que o clima subsaariano pede. Uma raça europeia provavelmente sofreria com a adaptação. A escolha do zebuíno também não foi em vão: criar guzerá significa status para o pecuarista, além da alta produtividade leiteira e de corte.
No Brasil, a raça guzerá foi implantada em Boa Sorte, quinto distrito de Cantagalo, pelo pecuarista João de Abreu, que ganhou renome nacional e internacional pela qualidade selecionada do gado, que veio da Índia.
Para o Senegal, os animais foram enviados de avião em “classe executiva” para prover bem-estar aos bois. A viagem aérea até o Senegal dura quase sete horas a partir de São Paulo. De navio, meio tradicional para o transporte bovino entre países, leva até 22 dias.
Cada exportação via aérea custa entre US$ 750 mil e US$ 1 milhão. Quem paga o valor dessa operação não é um simples pecuarista, mas um apaixonado por gado. Nunca é só comércio.
O Boeing 747 da Cargolux, empresa sediada em Luxemburgo, tem capacidade para 755 metros cúbicos e viajou para o Senegal levando 34 caixas de madeira, cada uma com cinco exemplares de guzerá transportados em pé (para que nenhum deite e seja pisoteado), e sem água nem comida.
Machos e fêmeas viajam separados, em gaiolas de madeira medindo três metros por 2,30 metros, com o piso coberto por palha de arroz, uma manta absorvente e uma “fralda”, como é chamado o plástico que reverte a caixa pelo lado de fora para que a urina altamente corrosiva não danifique o piso do avião.
Para compensar a transpiração do boi, a temperatura é regulada para 15°C. Até o destino final, nenhum animal morreu, segundo informou Cristiano Lima, proprietário da GBC, que viajou junto.
Omar Thiam, veterinário e dono da empresa senegalesa de mantimentos Soprodel, sediada em Dakar e vencedora da licitação, veio do Senegal pela segunda vez para escolher e comprar do rebanho. Na primeira, a remessa saiu do Rio Grande do Norte, no começo de janeiro, com 140 animais. As negociações entre os dois países devem durar cinco anos, envolvendo quase mil cabeças de guzerá.
Os animais viajam de caminhão de Uberaba (MG) até o aeroporto de Campinas. Eles já adentram no veículo de uma forma que fiquem confortáveis no caminho e também de um jeito que facilite o desembarque. Em nenhum momento o animal é tocado usando choques ou algo que os machuque. Usa-se bandeirinhas, que são eficientes.
No aeroporto de Viracopos, os bois ficam concentrados no curral construído no terminal de cargas. Essa estrutura fez com o que o local fosse o preferido para exportar via aérea os animais no Brasil. No aeroporto de Natal (RN), foi preciso que a GBC construísse um estábulo privado capaz de condicionar os bovinos. Nesses locais, o plantel se alimenta antes da viagem, já que não há “serviço de bordo” e as vacas viajam separadas dos bezerros, sem amamentação.
Produtores de Trajano de Moraes ganham certificação orgânica
Em Trajano de Moraes, 12 famílias de agricultores familiares da Microbacia Alto Macabu são as mais novas produtoras orgânicas da Região Serrana. A entrega dos certificados de conformidade orgânica, emitidos pela Abio (Associação dos Produtores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro), aconteceu em 28 de janeiro com a presença de técnicos da Emater-Rio, da Pesagro-Rio e de consultores do Programa Rio Rural, da Secretaria Estadual de Agricultura.
Os produtores, de Ponte de Zinco e Tirol, passam a formar o grupo Rio Macabu da Abio, instituição cadastrada pelo Ministério da Agricultura para avaliar a conformidade orgânica através dos Sistema Participativo de Garantia (SPG). A formação do grupo foi incentivada pela Rede de Pesquisa, Inovação, Tecnologias e Serviços Sustentáveis em Microbacias Hidrográficas, fórum articulado pelo Rio Rural que reúne instituições parceiras do setor agropecuário. Através de várias oficinas, encontros, seminários e excursões promovidas pela rede, os agricultores receberam, durante quase dois anos, capacitação continuada em agroecologia.
A partir de agora, os membros estão qualificados a vender produtos orgânicos diretamente ao consumidor nas feiras livres, na merenda escolar, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), ou à Conab, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Carlos Augusto Azevedo vive na localidade de Tirol e é um dos representantes do grupo junto à Abio. Segundo ele, o certificado representa a consolidação de uma filosofia de vida. “Quando se tem várias pessoas interessadas, o resultado é alcançado. Todos nós acreditamos desde o início na mudança e, por isso, participamos dos cursos. Esse certificado representa nossa preocupação com a terra e com o futuro dos nossos filhos”, disse.
O extensionista rural da Emater-Rio, Jorge Gil, foi quem identificou o grupo de interesse na microbacia. Ele ressalta que os agricultores adquiriram conhecimentos teóricos e práticos suficientes para apostar na agricultura orgânica.
– Não foi um processo rápido e nem fácil. Todos passaram por uma etapa de transição em suas rotinas. Agora, as famílias precisarão de empenho para continuar no processo e crescer cada vez mais – afirmou.
Atualmente, a legislação brasileira prevê três diferentes maneiras de garantir a qualidade orgânica. Uma delas é o SPG, caracterizado pelo controle social e pela responsabilidade solidária entre os participantes. Para formar um SPG, é necessário que os interessados organizem uma estrutura básica de funcionamento. O agricultor também possui a opção de tornar-se membro de um SPG já existente.
Mais informações sobre esse processo podem ser obtidas nos escritórios da Emater-Rio ou nos centros de pesquisa da Pesagro-Rio.
Abertas as inscrições para a 3ª edição do Prêmio Firjan de Ação Ambiental
O Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) vai premiar as empresas do estado do Rio de Janeiro que se destacam na gestão ambiental e no desenvolvimento sustentável. Em sua terceira edição, o Prêmio Firjan de Ação Ambiental está dividido em cinco categorias: Gestão de Água e Efluentes; Biodiversidade; Gestão de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e Eficiência Energética; Gestão de Resíduos Sólidos; e Relação com Públicos de Interesse. As inscrições já estão abertas e serão aceitas até o dia 17 de abril.
O objetivo da iniciativa é reconhecer o empenho na busca por soluções criativas e eficazes de processos de redução no consumo de água e de seu reuso, uso sustentável da biodiversidade e pesquisas nessa área, recuperação de áreas degradadas, redução da emissão de gases de efeito estufa, eficiência energética, coleta seletiva, reaproveitamento de materiais, uso de tecnologia na gestão de resíduos sólidos e programas de educação ambiental, entre outras práticas de sucesso ligadas ao meio ambiente.
Nas edições anteriores, 11 empresas foram premiadas. Na Região Centro-Norte Fluminense, a Monthal, de Bom Jardim, venceu em 2013 a categoria ‘Relação com Públicos de Interesse’, com um projeto de reaproveitamento de restos de tecido. No mesmo ano, a Stam, de Nova Friburgo, faturou a categoria ‘Águas e Efluentes’, com uma tecnologia de reutilização da água no processo industrial, que permitiu a economia de 60 milhões de litros de água por mês na empresa.
Na última edição, em 2014, a Elas Ecomodas, também de Nova Friburgo, ficou com menção honrosa pelo reaproveitamento de carretéis de linha vazios para o cultivo de mudas de árvores.
Podem se inscrever empresas de todos os portes que tenham desenvolvido ações no estado do Rio de Janeiro. A premiação será na segunda semana de junho, na sede do Sistema Firjan, no Centro do Rio de Janeiro.
As inscrições deverão ser feitas através de formulário eletrônico. Para isso, os interessados devem acessar o endereço eletrônico do prêmio no site da Firjan: www.firjan.org.br/acaoambiental. Nessa página, é possível acessar o regulamento na íntegra, que contém um modelo para apresentação dos projetos, e conhecer os vencedores das edições anteriores.
Prefeitura de Trajano lança projeto de conservação de nascentes
Preocupados com a atual situação de estiagem que sofre a região, a Prefeitura de Trajano de Moraes, em parceria com a Emater, Fiperj e secretarias municipais do Ambiente e de Agricultura, realizou uma reunião no último dia 5 de fevereiro, que teve o objetivo de organizar um projeto de conservação das nascentes do município.
Participaram do encontro técnicos da Fiperj – Ana Paula Rodrigues, Andréa Fernandes e Gilson Afonso de Menezes –, além de Roberto Lage Júnior, José de Castro, representando a Emater; o consultor Mário Alfredo Botelho; o coordenador Regional da Cedae, Márcio Maciel e dos secretários municipais Jorginho Diniz (Agricultura), Ozório Marques (Meio Ambiente) e o presidente do Legislativo, vereador Isaías Nogueira (PSDB).
Durante uma hora e meia, os profissionais debateram as principais causas da seca na região, analisaram o perfil de cada distrito do município e ficaram de organizar um arrojado projeto de ações. Os técnicos da Fiperj explicaram que as suas atribuições estão no atendimento técnico ao aquicultor e pescador, seja de água doce ou salgada na missão de promover o desenvolvimento sustentável, gerando e difundindo informações e tecnologias, articulando políticas públicas para o setor.
Os profissionais vão escolher outra data para mais uma reunião e elaboraram um termo de cooperação técnica entre a Prefeitura e a Fiperj para ser desenvolvido a cultura da piscicultura.
O prefeito Carlinhos Gomes (PSDB) disse que colocará à disposição as demais secretarias e que dará apoio técnico no que for necessário. “Estamos em colaboração no enfrentamento da estiagem e os produtores, tendo alguma dúvida, que procurem as nossas secretarias de Meio Ambiente e de Agricultura, pois temos secretários preparados para atendê-los”, disse.
Agricultura de Macuco intensifica atendimento a produtores rurais e supera metas
A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Aquicultura de Macuco continua o trabalho de atendimento a propriedades rurais. A secretaria recebe as solicitações de serviços e então visita os locais junto a profissionais operadores de máquinas para traçar as formas e meios de execução.
Segundo o secretário e vice-prefeito Marcelo Mansur, a secretaria presta apoio junto ao setor agrícola colocando à disposição o maquinário da Patrulha Mecanizada, com vistas à realização de serviços solicitados por pequenos produtores rurais. Segundo ele, considerando que alguns produtores não dispõem de recursos financeiros, a atual administração custeia esse abastecimento como forma de apoio e incentivo à permanência do homem no campo, principalmente no período da estiagem.
Mansur agradeceu à Secretaria de Obras do município pelo trabalho realizado em trechos de estradas vicinais, desobstruindo valas com assentamento de pedras e ensaibramento, vias rurais importantes por onde trafegam caminhões que fazem transporte de produção vegetal e produção leiteira da Cooperativa Agropecuária de Macuco, grande empresa de laticínios da cidade.
O secretário ainda destacou que, no mês de dezembro do ano passado, foi superada a meta de atendimento em relação aos meses anteriores, desde o início da nova gestão. Foram 45 produtores rurais atendidos, quase o dobro em relação ao mês anterior, em 275 horas trabalhadas, totalizando 70 serviços. Destacou, ainda, a parceria com a Patrulha Mecanizada do Programa ‘Estradas da Produção’, do Governo de Estado, no município administrada por Jocielmo Silveira Azevedo, que registrou, durante o mês de dezembro de 2014, dezesseis serviços de aração/gradeamento, em 11 hectares, totalizando 58 horas trabalhadas.
Prefeitura de Trajano constrói ponte no segundo distrito
A Prefeitura de Trajano de Moraes iniciou a construção de uma grande ponte de concreto armado para atender a moradores da estrada vicinal que liga Visconde de Imbé, segundo distrito, à Fazenda Olaria, em Barra dos Passos. No local, havia uma ponte de madeira que estava condenada e ameaçava cair devido aos longos anos de serviços prestados. Na estrada trafegam veículos pequenos e de grande porte, como caminhonetes e caminhões.
Para a Secretaria de Obras, o investimento, com recursos próprios, é oportuno para os moradores e a Prefeitura não mede esforços em realizar a obra, que conta com cinco funcionários e está na fase de receber o concreto na formação dos tabuleiros.
As informações são que os próprios moradores já vinham reivindicando ao prefeito Carlinhos Gomes (PSDB) a melhoria e que, agora, um sonho antigo dos moradores será realizado.
Funcionários que trabalham na obra informam que a ponte construída na Rua Hélia de Moraes Peçanha medirá quatro metros de largura e terá oito metros de comprimento e tem toda sua estrutura, como bases, vigas e tabuleiros de concreto armado, atendendo, principalmente, os produtores rurais do interior do segundo distrito trajanense.