Governador anuncia mutirão humanitário para distribuir 1 milhão de cestas básicas à população carente do estado

O governador Wilson Witzel anunciou, nesta quarta-feira (25/03), o lançamento do mutirão humanitário que vai distribuir cestas básicas para um milhão de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único de Assistência Social, o Cad-Único. O objetivo é socorrer famílias de baixa renda ou que vivem na pobreza extrema, as mais afetadas pelas medidas de isolamento social tomadas para tentar diminuir a disseminação do novo coronavírus.

Em entrevista coletiva, Witzel informou que, na primeira fase, as cestas serão distribuídas na cidade do Rio, nos municípios da Baixada, em São Gonçalo e Itaboraí. Em seguida, famílias de todos os outros municípios do estado também serão atendidas. As famílias beneficiadas, segundo o governador, são essencialmente chefiadas por mulheres, com renda per capita de R$ 89 (na extrema pobreza) e menos de meio salário-mínimo (na faixa de baixa renda) por mês.

O governador fez um apelo aos empresários que participem do mutirão humanitário doando cestas básicas para socorrer os que mais precisam, no momento em que medidas de confinamento foram tomadas provocando a redução abrupta da atividade econômica no Estado do Rio e em todo o país.

– A fome não espera. Nós vamos vencer juntos essa pandemia. Uma guerra não se vence sozinho e, sim, com toda a sociedade. É uma primeira ajuda, e, com ela, as pessoas vão ter o que comer. Se Deus quiser, já na semana que vem, estaremos distribuindo as cestas. Está sendo criando um fundo humanitário, pois as empresas querem doar, muita gente sabe do problema que estamos enfrentando – disse o governador, explicando que os detalhes do programa serão decididos ainda esta semana, porque a distribuição é urgente.

Alunos da rede estadual também serão contemplados, mesmo que suas famílias não estejam inscritas no Cad-Único. Segundo o governador, toda cautela está sendo adotada para que as cestas sejam distribuídas sem aglomerações, em parceria com prefeituras e instituições da sociedade civil, seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)e de especialistas. O Governo do Estado vai fazer um aporte inicial de R$ 100 milhões e conta com mais R$ 100 milhões em doações dos empresários e da sociedade civil.

O governador afirmou já ter recebido informações de muitas empresas interessadas em participar do mutirão, apesar das dificuldades econômicas enfrentadas por elas na crise do novo coronavírus:

– Estamos lutando para preservar vidas. Os empresários sabem que depois a economia vai retomar. Ressuscitar a economia a gente consegue, mas ressuscitar quem morreu é impossível. Nós temos que tomar essas medidas. Teremos dois meses pela frente para podermos atender essas famílias mais vulneráveis.

O mutirão humanitário está sendo coordenado pelo vice-governador, Claudio Castro, e pelo secretário de Governo e Relações Institucionais, Cleiton Rodrigues. O governador informou que, por enquanto, então mantidas todas as medidas de restrição de circulação adotadas pelo Governo do Estado, mas explicou que, no dia 4 de abril, haverá uma reavaliação do quadro para verificar qual o efeito do isolamento social no controle do pico da epidemia. Pediu que, até lá, todas as medidas sejam respeitadas, inclusive o fechamento das escolas e do comércio. Ele pediu que os moradores do Rio fiquem em casa, se possível trabalhando em sistema de home office, e que só circulem os trabalhadores de atividades essenciais.

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