Governo do Estado oferece fomento para acelerar produção de ovos

Com a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19 e o aumento do preço da carne bovina, o ovo tornou-se protagonista na mesa dos brasileiros. Diante do cenário de aumento na demanda, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, tem auxiliado no processo de aceleração da produção de ovos no Rio de Janeiro.

De acordo com José Henrique Carvalho Moraes, gerente de pequenos e médios animais da Emater-Rio, empresa responsável pela assistência técnica e extensão rural no Estado, em 2020, houve uma geração de R$ 78,2 milhões para 2.848 produtores de ovos fluminenses. Esse montante não inclui as cadeias secundária (de embalagem e transporte) e terciária (que comercializa o alimento).

Para fomentar a produção do ovo, a Emater promove capacitações, cursos e assistência técnica aos agricultores familiares avicultores orientando-os para o aumento da produtividade biosseguridade na avicultura, ou seja, medidas que evitam a entrada e propagação de doenças, garantindo a segurança dos alimentos e saúde dos animais, bem como o bem estar dos trabalhadores – explicou o médico-veterinário José Henrique.

O produtor rural Júlio Célio de Oliveira Velasco (foto abaixo), de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, sentiu sua demanda aumentar e conseguiu acelerar a produção de ovos por meio do Programa Prosperar, da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento. O projeto que dá incentivo aos produtores tem o objetivo de fortalecer a agroindústria de base familiar, gerando novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento no interior do estado, com a capacitação, legalização e profissionalização de agroindústrias familiares, além de possibilitar linhas de crédito.

Governo do Estado oferece fomento para acelerar produção de ovos
O produtor rural Júlio Célio de Oliveira Velasco, de Bom Jesus do Itabapoana

Eu iniciei minhas atividades em 2015 e, em 2018, nós estávamos passando por muitas dificuldades no setor. Tínhamos apenas a permissão para comercializar os produtos dentro do município. Em 2019, conseguimos o selo por meio do programa Prosperar para comercializar em todo o estado e, desde então, a produção cresceu bastante. Eu produzia 980 ovos por dia e passei a produzir 2.500. Durante a pandemia e com o aumento do preço da carne, a demanda aumentou ainda mais e, agora, produzimos 4 mil ovos por dia – explicou o produtor.

Jeferson de Souza Couto, proprietário do Sítio Canaã, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio, conseguiu a legalização do seu negócio também por meio do programa Prosperar. Ele angariou mais compradores e produz cerca de 1.200 ovos por dia.

Legalizar a minha granja foi muito importante para mim. Agora já posso ampliar a produção porque tenho mais demanda, posso oferecer meu produto em diversos mercados com garantia de qualidade – afirmou.

O secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz, ressaltou a importância de viabilizar meios para que produtores consigam atender as necessidades do mercado.

O Estado do Rio se destaca por ser o segundo maior mercado consumidor de ovos no país. A cultura do ovo sempre esteve presente na mesa dos fluminenses. Não só por ser um alimento acessível, ele também é rico em proteínas. A Secretaria de Agricultura está sempre atenta e viabiliza incentivos aos produtores para que a produção seja sempre destaque no mercado – enfatizou.

Segundo a Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), os supermercados fluminenses registraram aumento de 22% na venda de ovos nos últimos 60 dias. Em média, cada brasileiro come 251 ovos ao longo de um ano. É um volume recorde, alcançado em 2020, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera a média mundial, que é de 230 ovos por pessoa, anualmente. Dados da ABPA indicam que, em 2021, a produção brasileira de ovos pode aumentar 5% frente ao projetado para 2020, passando para 56,2 bilhões de unidades. O consumo, por sua vez, pode ser de 265 unidades per capita durante o ano, 6% a mais do que o previsto para 2020.

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