Guarda Municipal é treinada para usar armamentos não letais

Segundo o secretário, o novo armamento chega para auxiliar a guarda que, desde a criação do sistema Rotam (Ronda Tática Motorizada), vem se deparando com diversas situações de combate nas ruas. “A guarda, há pouco tempo, flagrou pessoas destruindo as lixeiras, como nós vimos, trazendo danos ao patrimônio público. Semana passada mesmo, nós tivemos uma situação de flagrante-delito. O elemento estava entrando no carro para furtar e a viatura da Rotam ia passando e teve de intervir. Era uma pessoa perigosa, que já tinha passagem pela delegacia e mandado de prisão. Diante dessas questões, vimos a necessidade de dotar a Guarda Municipal com equipamentos para evitar agressões. Isso vai facilitar, e muito, para imobilizar a pessoa sem utilizar da força física e dando condição de trabalho para que a guarda possa exercer o seu serviço da melhor forma possível”, disse.

O treinamento consistiu na parte teórica, quando os guardas aprenderam todo o procedimento e os efeitos dos armamentos não letais e, em um segundo momento, tiveram o treinamento prático, além do contato direto com as substâncias, como revelou o tenente-coronel Soares.

– Na parte prática, eles fizeram disparos individuais contra o manequim para aprenderem o manuseio do espargidor. Depois, tiveram um contato de sensibilização, aerolizamos o ambiente aberto e todos eles sentiram os efeitos da capsaicina, para que eles pudessem entender como a substância funciona no organismo. Esse treino serviu para eles dominarem a emoção, sem uma contaminação extrema, e para eles entenderem, também, que, depois da contaminação, é importante controlar psicologicamente os envolvidos e propiciar a descontaminação – explicou Soares.

Os armamentos não letais recebidos pela Guarda Municipal são à base de Capsaicina (gás pimenta). Os equipamentos chegaram em três tipos diferentes: gel, com lançamento de até 5 metros; líquido, que lança a um metro; e espuma, que lança a cerca de dois metros.

Durante as aulas práticas, quando tiveram contato direto com os efeitos do agente pimenta, os guardas municipais puderam descrever os efeitos do gás e ainda aconselharam as pessoas a não enfrentaram a guarda.

– Tô sentindo muita queimação, não consigo respirar. É difícil; quem levar um spray desses… acho que não vale a pena. Até nós, quando formos usar, vamos evitar usar muito porque dói bastante. Sabendo a dor que a pessoa vai sentir, vamos aconselhar bastante para que o indivíduo evite que nós usemos o spray contra ele – relatou o supervisor da Guarda Municipal, Diego Carvalho, após ser um dos voluntários a sentir os efeitos do gás pimenta.

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