Lafarge e Holcim anunciaram, em agosto deste ano, detalhes sobre a proposta de desinvestimento de ativos no Brasil, como parte da futura fusão entre iguais que dará origem à LafargeHolcim, o grupo mais avançado e inovador na indústria de materiais de construção.
Como anunciado em 7 de julho deste ano, e para antecipar potenciais solicitações das autoridades antitruste, o Comitê de Desinvestimento Conjunto acordou em propor ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) um pacote de ativos de alta qualidade, tanto da Holcim quanto da Lafarge, que inclui três fábricas integradas e duas estações de moagem (com uma capacidade total de 3,6 milhões de toneladas de cimento), e uma usina de concreto, todas localizadas na região sudeste do Brasil.
O Brasil é um mercado importante para o futuro Grupo LafargeHolcim e a companhia continuará comprometida com o país, atendendo os clientes com uma rede equilibrada de ativos nas atividades de cimento, agregados e concreto. Os desinvestimentos propostos foram apresentados ao Cade no contexto de negociações pré-notificação e serão objeto de análise e discussões até que uma decisão final seja alcançada com a autoridade.
O processo de desinvestimento será realizado no âmbito dos processos sociais relevantes e do diálogo contínuo com órgãos de representação dos empregados, e será conduzido em paralelo às discussões com as autoridades antitruste e potenciais compradores. A efetivação do processo de desinvestimento está condicionada ao fechamento da fusão entre a Holcim e a Lafarge.
Como anunciado, a conclusão da futura fusão está prevista para o primeiro semestre de 2015, visando criar o portfólio mais equilibrado e diversificado na indústria, operando em 90 países.
No site da Lafarge, a assessoria de imprensa, no dia 4 agosto, divulgou este comunicado:
“Este comunicado contém informações e declarações prospectivas sobre Holcim, Lafarge e sobre o negócio conjunto após a conclusão da transação proposta, as quais não foram submetidas a qualquer auditoria ou revisão independente. Declarações prospectivas são declarações que não são consideradas fatos históricos. Essas declarações incluem projeções financeiras, assim como estimativas e suas respectivas premissas, declarações sobre plantas, objetivos e expectativas com relação às futuras operações.
Embora as administrações da Holcim e da Lafarge acreditem que as expectativas expostas nestas declarações prospectivas sejam razoáveis, investidores e acionistas da Holcim e da Lafarge são alertados que tais declarações estão sujeitas a diversos riscos e incertezas, muitos dos quais difíceis de prever e além do controle da Holcim e da Lafarge, que podem provocar resultados e desdobramentos reais substancialmente diferentes daqueles expressos ou projetados nestas informações e declarações prospectivas. O futuro grupo formado entre Holcim e Lafarge pode não concretizar a totalidade dos benefícios da transação”.