Homem e cão: amizade à toda prova

O nome jatobá é originário de uma árvore brasileira. O cachorro é da raça labrador amarelo. Ele nasceu em Niterói, em  18 de julho de 2005. Segundo seu proprietário, Júlio Vidal, foi um presente de Ângela Marques Cárdia, sua amiga.

Na época que Jatobá chegou a Boa Sorte (quinto distrito de Cantagalo), em julho, fazia frio. Júlio Vidal teve que recortar uma blusa velha de moleton que tinha uma figura de Batman e que ficava bem em cima de suas costas. “Mas ele amou a roupa, fazia um friozinho e ele já se enrolava na blusa. Agora, ele tem um cobertor mais quentinho para o inverno, aprendeu, também sozinho, a se enrolar quando está frio. Quando esquenta e não quer mais, ele simplesmente tira”, conta Vidal.

Júlio gosta de contar a amizade que tem pelo animal. “Amigo que me faz companhia, tentando me animar quando estou triste. Aprendeu a apanhar os meus chinelos quando chego em casa, pegando o seu pratinho para que eu ponha os petiscos que gosta. Adora uma bola”. 

O cachorro conhece vários lugares do município de Cantagalo e seus  distritos, como  açudes, fazendas, o jardim, o coreto, a casa de Papai Noel. Uma cena diferente foi quando ele bebeu água do toco, no jardim de Cantagalo.

O cachorro também já visitou Itaocara várias vezes. Faz sucesso quando desfila com o dono no calçadão da cidade. Também já esteve nas praças e nos pesqueiros da cidade.

Em Cordeiro, Júlio vidal já levou o cachorro ao Parque de Exposições Raul Veiga para ver a exposição. Esteve na praça da rodoviária e no pátio da Igreja Católica. Mas a visita mais interessante foi quando foi à Rádio 94 FM e os proprietários da emissora, que também tem um cachorro parecido com Jatobá, fizeram questão de recebê-lo na porta do prédio.

Jatobá, segundo Júlio, já passou por momentos inesquecíveis e alguns tensos e tristes. “Tenso foi quando ele enfrentou um boi bravo e levou uma chifrada que o jogou longe. Quase morreu por isto”, conta.

Outra história do cachorro Jatobá envolve outro animal de Júlio Vidal. “Tinha, na época, um pássaro da espécie maitaca, que era de estimação e que vivia solta. A ave me acompanhava há vários anos. É de costume Jatobá vir ao meu encontro no portão, mas, naquela vez, ele veio com a maitaca “Sarita” morta na boca. Fiquei danado da vida por ter matado a maitaca. Foi quando dei umas varadas no cachorro. Ao ouvir o grito do cachorro, minha mulher veio ao meu encontro dizendo que Jatobá não havia matado a maitaca e que ela havia morrido imprensada atrás do sofá. Sou arrependido do que fiz até hoje”, afirma o boasortense.

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