Hospital do Câncer, em Friburgo, terá 200 leitos, sendo 30 infantis

Debate realizado na Câmara também contou com participação do Estado

A Câmara de Nova Friburgo promoveu uma audiência pública dedicada a atualizar e tornar públicas as informações disponíveis a respeito do aguardado Hospital de Oncologia da Região Serrana. O encontro foi solicitado e promovido pelo vereador Cláudio Damião.

Ao longo da audiência, diversas questões foram esclarecidas. Entre elas, Cláudio Maximiano explicou que o atraso no processo de licitação foi motivado por uma alteração no encaminhamento do processo. A princípio, os recursos seriam direcionados para a Secretaria de Saúde, mas houve o entendimento de que eles deveriam ser direcionados à Secretaria de Obras. A alteração levou mais de um mês para obter o parecer favorável do Ministério da Saúde. A secretaria, agora, aguarda apenas a oficialização da mudança para liberar o edital de licitação (concorrência pública).

A partir da liberação do edital, existe a possibilidade de que informações sejam solicitadas pelas empresas interessadas, e há prazo de um mês para que propostas sejam enviadas. O hospital deverá ter 200 leitos disponíveis, dos quais 30 infantis. A respeito das obras de contenção, o projeto se encontra amparado pelo programa Somando Forças, e que o Estado arcará com 95% dos custos, cabendo os 5% restantes à municipalidade.

O secretário de Saúde de Nova Friburgo, Luís Fernando Azevedo, explicou que o número previsto de 200 leitos é mais que suficiente para atender à demanda regional, uma vez que a maior parte dos procedimentos de tratamento de câncer não passam por internação. 

Os 30 leitos infantis são suficientes para atender à metade de toda a demanda atual do estado. Luís Fernando destacou, ainda, que, quando pronto, o hospital deverá estar apto a tratar 90% dos casos de câncer, ressaltando que existem exceções que pedem tratamentos específicos.

Ao fim da audiência, o vereador Cláudio Damião declarou-se parcialmente satisfeito. “O aspecto positivo de minha avaliação deve-se à vinda da Secretaria de Estado de Obras, representada na pessoa do subsecretário Cláudio Maximiano, que trouxe dados relevantes com relação à construção. Principalmente a confirmação de que haverá construção, pondo fim à falta de informações oficiais”.

– A decepção ficou por conta da ausência da Secretaria Estadual de Saúde, para dar informações a respeito de questões referentes a esta pasta. Como vai ser a implementação, a contratação de pessoal, a manutenção do hospital, os recursos… A falta de informações ligadas a esses aspectos foi bastante frustrante – afirmou o Cláudio Damião.

O parlamentar também lamentou a ausência dos prefeitos da região, igualmente interessados no andamento dessa obra. “Mas, considerando todas as pessoas que vieram e participaram e todas as informações que foram levantadas, o saldo foi bastante positivo”, encerrou Cláudio Damião.

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