Superthal e Caravana da Coca-Cola fazem noite mágica em Bom Jardim
Nem sempre estamos inspirados para escrever um artigo. O pensamento voa entre uma ideia e outra, nenhuma nos motivando; esta semana estava assim, procurando acima de tudo permanecer em paz com minha família e com minha filha que passou dois dias conosco; todavia o Grande Mestre sempre me orientou, e mais uma vez esteve presente.
Domingo, à noite, li o Salmo 23 (22), o Senhor é meu Pastor, escrito há 3.000 anos pelo rei Davi; quanta sabedoria daquele rei que não foi santo, pecando como todo ser humano.
É importante dizer que em hebraico, língua do rei Davi, a palavra pastor tem um significado amplo, não estando ligado apenas a chefes religiosos. Naquela língua, a palavra pastor tem diversos significados, podendo ser: amigo, guia, companheiro, protetor, conselheiro, dirigente, etc., tornando o Salmo 23 muito mais amplo, podendo ser estendido a várias atividades humanas. Em geral, quando lemos o Salmo 23, pensamos como pastor em Deus, nos padres e nos pastores evangélicos, todavia qualquer um deveria agir como pastor, desde o pai de família até o mais poderoso dos chefes.
No tempo de Davi, o pastor caminhava à frente do rebanho, em geral, formado por ovelhas, ao contrário dos pastores da nossa zona rural, que caminham atrás, a pé, a cavalo ou de moto, como atualmente; portanto, era o guia que se expunha aos perigos do caminho em defesa do rebanho, sempre à frente.
O versículo 1, “O Senhor é meu pastor, que não me falta”, como está no original hebraico, significa que Deus está presente em cada momento de nossa vida, sempre nos guiando e protegendo como um amigo.
No versículo 2, “Ele me faz descansar em verdes prados, a águas tranquilas me conduz”. Nos verdes prados, o rebanho encontra alimentos e nas águas tranquilas vai vencer a sede. O que significa que a vida será mantida, pois 70% de nosso corpo é água. O homem resiste três dias sem alimentos e apenas um dia sem água. O Pastor preserva a vida do rebanho.
Versículo 3, “Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor ao seu nome”. É evidente, com água e alimentos, o corpo é restaurado depois da caminhada, do trabalho e dos esforços, recuperando-se para novas atividades.
Versículo 4, “Se eu tiver que andar por vale escuro, não temerei mal nenhum, pois comigo estás. O teu bastão e teu cajado me dão segurança”. Quantas vezes temos que caminhar por vales escuros em nossa vida. Quando isso acontece a presença do Pastor será luz a clarear o caminho, o bastão nos protegerá enquanto o cajado puxará os ramos mais altos que servirão como alimento.
Versículo 5, “Diante de mim preparas uma mesa aos olhos de meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, meu cálice transborda”. Preparar uma mesa aos olhos do inimigo é convidá-lo a uma refeição em conjunto, significando a união, a confraternização e a paz entre os seres humanos.
Ungir a cabeça com óleo, na época de Davi, tinha vários significados; entre eles era um sinal de hospitalidade, de bem receber as pessoas, enquanto nos doentes servia como tratamento.
“Meu cálice transborda”, depois de tantos benefícios, é evidente que o rebanho estaria pleno de satisfação, saúde e alegria. Feliz para sempre!
Versículo 6, “Felicidade e graça vão me acompanhar todos os dias da minha vida e vou morar na casa do Senhor por muitíssimos anos”. Pudera, depois de tudo isso, o cidadão estará em um paraíso, só restando agradecer pelos benefícios recebidos.
Davi, além de guerreiro e rei, foi um bom poeta que soube pensar e falar sobre o Grande Pastor Universal. No ano 1000 a.C., conquistou Jerusalém e realizou a grandeza do Israel.
Lendo esse Salmo, acredito que todos que chefiam deveriam agir como o Pastor citado, desde os que chefiam empresas e povos, dos caciques aos presidente da república.
O Pastor do Salmo 23(22) é um exemplo de amor a ser seguido por todos!
Obs.: Durante algum tempo estarei ausente, retornando no dia 10 de outubro. Até lá!