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Como e quanto os municípios do estado do Rio de Janeiro investem na área de cultura? Quais os bens culturais dessas cidades? Essas e outras questões devem ser respondidas na próxima edição dos Estudos Socioeconômicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O indicador será o diferencial da pesquisa que será realizada ao longo de 2014, anunciam os analistas e responsáveis pelo Núcleo de Estudos Socioeconômicos Marcelo Mello e Eduardo Pinheiro, no programa TCE-RJ.
– Os estudos são uma coleção de 91 cadernos (um para cada município do estado, exceto a capital) com análises geográficas e de diferentes indicadores, como educação, saúde, economia, mercado de trabalho, entre outros – explica Marcelo Mello, criador do projeto, completando: “temos edições anuais e, a cada ano, temos um tópico diferenciado”.
Eduardo Pinheiro faz coro ao colega na hora de destacar a importância do mapeamento, realizado com metodologia desenvolvida no TCE sobre base de dados de diferentes pesquisas, como o Censo do IBGE, as do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), por exemplo. “O trabalho dá uma visão completa de cada município do estado. Nós também pesquisamos os sítios dos municípios na internet. E, não raro, nossos estudos são mais completos do que as informações apresentadas”, atesta Eduardo Pinheiro.
Para Marcelo Mello, os cadernos refletem uma análise do desenho governamental das cidades. Ou seja, através das estatísticas, é possível verificar como um governante cuida das finanças de sua cidade, da saúde, o que facilita no controle e no desenvolvimento das políticas públicas. O gestor faz uso da informação da melhor maneira que quiser.
A edição de 2013 destaca a evolução do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), trabalho publicado no PNUD em colaboração com órgãos nacionais. “Comparando com anos anteriores, percebemos uma evolução. Não há mais municípios com IDH-M baixos ou muitos baixos em território fluminense”, observa Eduardo Pinheiro. Mas isso não significa, como alerta Marcelo Mello, o fim de desigualdades. “O nosso estado é tão desigual quanto o Brasil. Temos pobreza no Noroeste e regiões mais ricas, como a do Vale do Paraíba, com mais indústrias. As transformações são muitas, mas trazem desafios para o poder público”, disse.