Itaú é condenado a pagar R$ 300 mil ao deputado André Corrêa e R$ 200 mil ao seu ex-chefe de gabinete

A Justiça determinou que o Itaú pague uma indenização de R$ 300 mil ao deputado estadual André Corrêa (DEM).

A decisão, proferida pelo juiz Arthur Eduardo Magalhães Ferreira, da 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca, estabelece o pagamento como ressarcimento por danos morais contra o parlamentar, preso durante a Operação Furna da Onça, em 2018.

André Corrêa foi preso porque os procuradores do Ministério Público Federal alegaram que ele fez movimentação bancária de R$ 34.161.208,00 em sua conta – valor incompatível com os ganhos do parlamentar.

No entanto, a defesa de Corrêa afirmou que o valor foi registrado de forma equivocada por uma operadora de caixa do Itaú localizado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Em nota, o banco Itaú lamentou o erro operacional ocorrido no depósito do cheque, destacando que o mesmo foi estornado imediatamente. “No entanto, reafirma sua posição de que o equívoco foi devidamente esclarecido às autoridades e, conforme as próprias decisões judiciais da época, não foi motivo determinante da operação. O Itaú recorrerá da decisão”, informou a instituição.

Segundo a defesa, na manhã do dia 17 de março de 2016, foi efetuado o depósito de um cheque no valor de R$ 5.595,00 na conta de José Antônio Wermelinger Machado, chefe de gabinete do deputado André Corrêa na época.

Segundo a defesa do deputado André Corrêa, a operadora do caixa se equivocou e registrou o valor de R$ 34.161.208,00.

A defesa alegou que o erro foi percebido às 12h44 daquele dia e o valor acabou estornado, permanecendo na conta por apenas 10 minutos – no entanto, apesar de breve, a operação acabou registrada no extrato bancário utilizado como base para a denúncia contra o parlamentar. Pela decisão, José Antônio Wermelinger Machado também receberá uma indenização de R$ 200 mil.

Nas redes sociais, o deputado André Corrêa faz um desabafo do que aconteceu com ele e José Antônio Machado.

Hoje fica claro toda a covardia e injustiça que sofremos ao permanecermos no cárcere por um ano sem nunca termos sido ouvidos por um juiz. Enquanto o Brasil discute se a prisão será em segunda ou quarta instância, eu e Zé Antônio não tivemos direito à instância alguma. Nenhum dinheiro é capaz de compensar, por exemplo: o fato de eu não poder ter dançado com minha filha em sua festa de 15 anos. Deus sabe todas as coisas… E Ele nunca me abandonou. Deus é bom o tempo todo! O meu obrigado a cada um de vocês e que, nesse momento difícil, confiou em mim. Hoje sei quem são os meus verdadeiros amigos e amigas. Estou sereno… De pé… Firme… E com muita paz interior. Seguimos na luta, juntos!“, afirmou.

O atual prefeito de Trajano de Moraes, Rodrigo Viana, se manifestou sobre seu amigo. “Nenhuma indenização vai conseguir pagar o que você, sua família e seus amigos passaram naquele tempo. Penso que isso foi um livramento de Deus por alguma coisa. Você precisou passar por isso para que algo ruim não acontecesse! A verdade está aí… Nunca tive dúvidas, mesmo com você lá, sempre o defendi e continuaremos trabalhando juntos, amigo é para todas as horas“, afirmou Viana.

Já o vereador friburguense Isaque Demani também prestou apoio ao deputado André Corrêa.

A justiça começa a corrigir a maior covardia que já tive notícia nesses 20 anos em que sou advogado! Deputado André Corrêa foi preso e ficou preso 1 ano por um erro confessado do Banco Itaú! Nunca foi ouvido, nunca foi condenado pela justiça em instância nenhuma! Mas foi julgado e condenado pela mídia de forma covarde e imediata. Um absurdo que começa a ser corrigido!“, afirmou.

Ele se manifestou publicamente numa das sessões da Câmara de Nova Friburgo:

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