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Promovido pela Emater-Rio e Embrapa Gado de Leite, evento debate tecnologias de produção sustentável para fortalecimento da atividade
No último dia 31 de outubro, o município de Macuco sediou o primeiro de uma série de encontros de produtores de leite do estado para este ano. Promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, através da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro), e pela Embrapa Gado de Leite, o IX Rio Leite Serrana contou com apoio da Prefeitura e da Cooperativa Agropecuária de Macuco.
Segundo o prefeito Félix Lengruber (PMDB), Macuco, hoje, é a capital do leite no estado do Rio de Janeiro. Lengruber ainda agradeceu ao secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, pelo empenho no desenvolvimento do setor no estado, o que é muito importante para os municípios do interior.
Ao falar sobre o evento, Félix Lengruber afirmou que “Macuco é um município de vocação, basicamente, agropecuária. A cooperativa é patrimônio do município. Há décadas atuando, move a economia local, gerando mais de 150 empregos diretos. Macuco, hoje, sem dúvida nenhuma, é a capital do leite no estado. Aqui, há o beneficiamento de mais de 300 mil litros de leite por dia. O Governo do Estado reconhece tanto isso que Macuco sedia, este ano, três grandes eventos voltados à agropecuária – o Rio Genética, o Rio Leite Serrano e a Exposição Agropecuária”, disse Lengruber.
O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, fez a abertura do evento, que foi realizado no Parque de Exposições Edgar Rodrigues Lutterbach (Macuco Rural Park). O Rio Leite tem como objetivo debater a tecnologia de produção sustentável do leite e permitir a troca de experiências entre produtores.
Sobre a questão da tecnologia, o vice-presidente da Cooperativa Agropecuária Regional de Macuco, Marcos Tadeu Erthal, destacou que pode solucionar alguns entraves. “Hoje, temos alguns entraves na pecuária leiteira que são alimentação e mão de obra. Então, vou conversar com o Christino Áureo hoje para solicitar um programa em cima dessa questão da mão de obra, que seja a formatação de uma sala de ordenha para os produtores. Ver o que a Emater poderia fazer, mas que seja algo simples, barato e eficiente. E, com isso, a gente vê que poderemos inserir a mão de obra feminina na ordenha. Quando você assiste a uma reportagem de fora da região, vê-se que as mulheres já trabalham com ordenha, mas, na região, não. Então, acho que isso iria melhorar essa questão”, disse.
A série de encontros chamado Rio Leite, que acontece em todas as regiões fluminenses, faz parte da estratégia do Governo do Estado para promover o fortalecimento do setor com o aumento da produtividade e produção leiteira fluminense.
Além de produtores rurais, participaram do evento estudantes e profissionais ligados ao segmento. Integram a programação os seguintes painéis: ações de assistência técnica e extensão rural sobre a qualidade do leite; Manejo de dejetos orgânicos na recuperação de solos para produção de forrageira; saúde do rebanho bovino leiteiro sob sistema orgânico de produção; influência das práticas de ordenha sobre a qualidade do leite.
Representando a Cooperativa de Macuco, Marcos Tadeu Erthal – médico veterinário e produtor rural, que trabalhou em empresas multinacionais, foi secretário de Agricultura e Desenvolvimento de Bom Jardim – avaliou o encontro de produtores como positivo. Para ele, Macuco se firma, cada vez mais, como capital do leite. Tanto que, este ano, o município foi sede de grandes eventos do setor. Tadeu adiantou, que acontecerá, no final de novembro, um shopping de animais no Macuco Rural Park.
– Temos, aqui, a maior e a melhor cooperativa agropecuária do Rio de Janeiro, que capta leite em 25 municípios, o que equivale a um terço de todo o estado. A informação é básica para qualquer setor. Então, as palestras que realizadas aqui, hoje, visando, principalmente, a qualidade do leite, o que influencia no valor que o produtor irá receber, é muito importante. E também para a cooperativa. Esse leite de melhor qualidade tem um melhor rendimento. E é bom para a saúde pública e para o consumidor final, que adquire um bom produto – afirmou o vice-presidente da Cooperativa de Macuco, Tadeu Erthal.
Tadeu Erthal também destacou que há um futuro promissor para a pecuária leiteira, pois “estamos perto de um grande centro consumidor, que é o Rio de Janeiro. Também temos, aqui, a vocação da pecuária de leite e, se fomentarmos isso, o produtor tem muito a ganhar por conta desse centro próximo”, explicou o vice-presidente da cooperativa, empolgado com os resultados da nona edição do Rio Leite Serrana.