Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Local ainda é considerado inseguro
A juíza da 1ª Vara Cível de Nova Friburgo, Paula do Nascimento Barros Gonzalez Teles, determinou que o teleférico da cidade continuará interditado até que laudos de engenheiros atestem a segurança do equipamento. Com a decisão, continuam suspensas as atividades do empreendimento, um dos pontos turísticos da cidade.
No entendimento da magistrada, os laudos apresentados pela Empresa Friburguense do Teleférico, responsável pelo empreendimento, não atestaram objetivamente o atendimento às exigências apontadas pelo perito. Por isso, a magistrada da Vara Cível local solicitou esclarecimento sobre pontos como segurança das torres das linhas do teleférico e dos brinquedos e sistema de drenagem.
Os laudos foram solicitados pela juíza em julho deste ano. “É necessário ressaltar a impossibilidade de desinterdição sem a plena segurança de toda a área, já que a população friburguense confia à Justiça sua integridade e bem-estar. Desinterditar o teleférico significa dizer à população que o equipamento é seguro, e não é isso que o laudo pericial afirma. O documento atesta a segurança do complexo, desde que realizadas as manutenções e reparos”, destacou a magistrada na ocasião.
A ação civil pública contra o empreendimento foi movida pelo Ministério Público (MP), pedindo que a empresa fosse impedida de realizar obras ou de demolir as eventualmente existentes nas áreas ambientalmente relevantes, em área geomorfologicamente inadequada ou em local que possa gerar risco à vida, à propriedade ou à qualidade de vida da população. Em julho de 2011, a Justiça deferiu a antecipação de tutela pedida pelo MP, determinando a paralisação de todas as atividades e obras de infraestrutura, cercamento e edificações.
Principal atração turística do município, o teleférico está fora de atividade desde a tragédia que atingiu a Região Serrana em 2011. As chuvas do início daquele ano provocaram a morte de mais de 900 pessoas e deixaram milhares de desabrigados na região. O processo que apura irregularidades nas medidas de segurança do complexo, que inclui um hotel e um boliche, teve início naquele ano.
O proprietário, Rodolfo Acri, informou que estão sendo tomadas as medidas para reconhecimento da segurança da área e para que o teleférico volte a funcionar. “Desde a tragédia de 2011, alegam falta de segurança do complexo. Inúmeras exigências foram feitas desde o início do processo, e em todas providenciei reparos. Espero que esta seja a última”, disse Acri.