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Jornal da Região 
Integrantes da Frente Empresarial e de Classe de Nova Friburgo (FEC NF) se reuniram na Firjan SENAI Espaço da Moda, no dia 3 de julho, para ouvir representantes dos diversos segmentos empresariais e tratar das principais mudanças propostas pelo novo edital de concorrência pública nº 001/2023 – processo licitatório nº 12.937/2023, publicado no dia 14 de junho, que trata da concessão, pelo município, do serviço público de transporte coletivo de passageiros, a fim de trazer melhorias ao usuário dos serviços.
O grupo se reuniu anteriormente na sede da ACIANF e entendeu a importância de convocar representantes do poder público e também o professor da COPPE/UFRJ, Rômulo Dante Filho, autor do estudo a que derivou o atual edital.
O Professor Rômulo iniciou a reunião esclarecendo algumas questões do estudo realizado; como o seu valor, quem o realizou, os problemas do sistema de mobilidade pública atual e os princípios da nova rede. Durante a apresentação, ficou esclarecido que o objetivo desse novo plano de transporte público é descongestionar o trânsito de ônibus no centro da cidade com a criação de linhas alimentadoras, que custariam metade da tarifa praticada atualmente e que levariam as pessoas das partes mais periféricas de Nova Friburgo até uma estação de transbordo para, aí sim, chegarem ao centro da cidade, ter um uso mais eficiente da frota, conciliar o tipo de veículo com o tipo de demanda (veículos maiores para locais de maior movimento e veículos menores como vans e microônibus para locais com menos demanda ou fora do horário de pico daquela região), facilitar com que as pessoas se desloquem de uma localidade à outra sem passar pelo Centro da cidade e, principalmente, fortalecer a ligação Conselheiro-Centro-Olaria com a implementação de um serviço expresso, que pare menos, que ligue as três regiões em uma só viagem. A previsão de conclusão do planejamento do novo sistema é setembro deste ano, com implementação em 2024.
Além disso, ficou claro na reunião que a empresa contratada para fornecer a frota de ônibus também ficará responsável pela supervisão operacional e pela quantidade de veículos operantes. A responsabilidade da Prefeitura será de verificar se as operações estão sendo realizadas e fazer o pagamento do custo operacional. Quanto ao sistema de passagem, uma segunda empresa será contratada para realizar o processo de bilhetagem eletrônica.
Uma das maiores preocupações e dúvidas dos presentes na reunião foi a questão dos transbordos, já que o edital publicado deixa claro que existirão 12 pontos para fazer o escoamento das linhas que não chegam diretamente ao Centro da cidade – 39 linhas vão deixar de chegar até a Estação Livre. Nesse caso, o Professor Rômulo explicou que pesquisas e estudos referentes à localidade desses transbordos já foram realizados. Também foi discutido que esses 12 locais (as 3 atuais rodoviárias e outros 9 novos pontos) podem ser um alvo interessante para comerciantes, já que o fluxo de pessoas esperando ônibus será intenso, então é necessário pensar em um plano de desenvolvimento econômico para esses espaços.
Com a extinção de algumas linhas, foi sugerido então, que havendo linhas com número suficiente de pessoas com destino ao centro da cidade, a mesma deveria ser contemplada em horários de menor frequência. Isso evitaria congestionamento de ônibus que chegam praticamente vazios ao centro, além de possibilitar a redução do custo das passagens, que mesmo tendo parte subsidiada pela prefeitura, também será uma despesa para os trabalhadores e empresários.
Júlio Cordeiro, presidente da ACIANF, entende que uma tarifa reduzida em trechos menores e também a criação de pequenos centros comerciais nesses pontos de transbordo, podem contribuir para a economia dessas localidades, inicialmente, Olaria e Conselheiro Paulino e posteriormente até mesmo na localidade de Conquista e Campo do Coelho. Pensando ainda em manter os empregos, Júlio sugeriu que se incluísse no edital uma condição em que, caso uma nova empresa venha a ganhar a concorrência, os direitos dos trabalhadores da empresa atual sejam mantidos ao menos 06 meses a 01 ano.
O Vice-Presidente do Sindicato Têxtil, André Montechiari, também abordou um tema importante para o futuro desse sistema de transporte público: a criação de linhas turísticas para incentivar a economia da cidade utilizando uma frota de ônibus que já foi contratada e paga. O tema agradou o representante da Subsecretaria de Serviços Concedidos, Rodrigo Carvalho, que prometeu levar essa discussão para a prefeitura.
Isaque Ouverney, gerente de infraestrutura da Firjan, levantou alguns contrapontos, como a transparência dos dados de bilhetagem, e também se já existe uma noção do orçamento para possíveis obras necessárias e mudanças na frota.
De modo geral, o objetivo da reunião foi discutir pontos que podem ser adaptados ou adicionados no edital, com diferentes perspectivas, para que esse novo sistema de transporte público consiga abranger de forma eficiente todas as regiões e frentes comerciais de Nova Friburgo, atendendo às demandas de toda a população. A partir de tudo o que foi levantado e discutido na reunião, será elaborado documento contendo sugestões da FEC NF, para que o edital tenha diretrizes que vão ao encontro do bem-estar dos usuários e qualidade na prestação do serviço, além de contribuir para o fluxo de veículos no centro da cidade.
A partir de tudo o que foi levantado e discutido na reunião, será elaborado documento contendo sugestões da FEC NF, para que o edital tenha diretrizes que vão ao encontro do bem-estar dos usuários e qualidade na prestação do serviço, além de contribuir para o fluxo de veículos no centro da cidade.
Uma das reivindicações que será apresentada é que a frota de ônibus climatizados sejam mantidas em igual número, pois a FEC NF entende que é uma necessidade, principalmente no verão, e que uma licitação sem essa exigência seria um retrocesso.
Participaram da reunião: Júlio Cordeiro (ACIANF), Márcia Carestiato (Firjan), Walter Oliveira (DNI), Carlos Alberto Muller (Solenge Engenharia), Antonio Carlos Cordeiro (Firjan), Antonio Ventura (Sincomércio), Adriana Ventura (Firjan, CDL, ACIANF), André Montechiari (Sindtextil), Thayse Ferrari (Firjan), Isaque Ouverney (Firjan), Jackson Thedin (Setcanf), Ronaldo Lo Bianco (CDL), Isaque Demani (Câmara Municipal), Leandro Ferreira (Secretaria de Governo), Leandro Ferreira (Secretaria de Governo), Fantástico Zissu (Rotary Caledônia), Yuri Guimarães (Câmara Municipal), Rodrigo Carvalho (PMNF), Josimar Tardin (FAOL), Hugo Lontra (OAB RJ), Rafael Spinelli (ACIANF), Roosevelt Concy (ACIANF), Zury Maurer e Rômulo Dante Filho (COPPE/UFRJ).
A FEC NF busca contribuir efetivamente para o desenvolvimento de Nova Friburgo e tem se esforçado, realizando desde campanhas de conscientização, levantando estudos e discussões sobre temas relevantes para a infraestrutura da cidade, até disponibilizando profissionais que possam auxiliar o poder público a efetuar melhorias em prol da classe empresarial e de todo o município.
Entidades que formam a FEC NF
Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (ACIANF), Representação Regional da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Câmara dos Dirigentes Lojistas de Nova Friburgo (CDL), Sindicato do Comércio Varejista de Nova Friburgo (Sincomércio), Sindicato das Indústrias de Vestuário de Nova Friburgo e Região (SINDVEST), Associação dos lojistas do Cadima Shopping (ALCAS), 9ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Nova Friburgo Convention & Visitors Bureau, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e similares de Nova Friburgo (SHRBSNF), Conselho Comunitário de Segurança de Nova Friburgo (CONSEG) e Associação do Comércio e da Indústria de São Pedro da Serra (ACISPS), Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Nova Friburgo (SETCANF) e Rotary Clubs de Nova Friburgo.
