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Muitos pensaram que aviões iriam se colidir. Anac e Decea não explicaram o caso
Uma manobra classificada como “estranha” por moradores de Cantagalo e municípios vizinhos assustou quem olhou para o céu no dia 12 de agosto, um dia antes do acidente com o avião do candidato à presidência Eduardo Campos, que vitimou sete pessoas e feriu cinco em Santos (SP).
Pelas fotos tiradas por leitores do JORNAL DA REGIÃO, é possível ver que um dos aviões literalmente desvia de sua trajetória e retorna, enquanto que outra aeronave vinha em sentido contrário. Do distrito de Boa Sorte, em Cantagalo, foi possível ter uma visão melhor do incidente. Segundo moradores, o tráfego aéreo sobre a localidade aumentou muito nos últimos anos e é comum avistarem aeronaves de grande porte que deixam, tradicionalmente, o rastros de cristais de gelo.
Em resposta aos contatos da redação do JR, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entretanto, afirmou que “infelizmente, não temos como avaliar a questão pela foto, que, aparentemente, só nos demonstra rastros de fumaça muito parecidos com de aeronaves acrobáticas (podem ser civis, desde que sejam acrobáticas), únicas que podem deixar tal rastro no céu, e, geralmente, voam em conjunto. Para tirar a dúvida, é possível consultar junto ao Decea”. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), por sua vez, não respondeu aos contatos do JORNAL DA REGIÃO até o fechamento desta edição.
No entanto, um representante da Escola de Aeronáutica Civil especulou sobre a possibilidade de um equipamento de segurança ter entrado em ação, o TCAS (Traffic Collision Avoidance System), apesar não poder afirmar nada apenas pelas fotografias. “Somente pela foto, é difícil ter certeza do que pode ter acontecido. Aparentemente, uma das aeronaves teve sua rota alterada ou pelo controle de tráfego aéreo ou por um sistema anticolisão que as grandes aeronaves possuem, conhecido como TCAS”, explicou o responsável pela gestão de mídeias sociais da escola.
Já o entusiasta em aviação civil, André Le Senechal, e piloto privado (PP), “apenas com esse indício podemos apenas especular as possibilidades. O controle aéreo do Brasil é, sim, deficiente, e, regularmente, acontecem conflitos no nosso espaço. Ainda bem que os auxílios de nossas máquinas nos garantem sempre a segurança”, explicou à reportagem.